Fã de Zé Roberto desde pequeno, Matheus Sales vive sonho no Verdão
Volante de 20 anos recebeu elogios no time profissional e diz não se intimidar em campo. Após a Copinha, ele chegou a negociar com a Portuguesa, mas Palmeiras vetou o acordo
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Aos nove anos, Matheus Sales iniciava a carreira tendo um jogador como exemplo: Zé Roberto, então meia do Bayern de Munique e da Seleção Brasileira. Pouco mais de dez anos depois, o agora volante do Palmeiras tem a chance de conviver com o seu ídolo.
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– Desde que eu tinha nove para dez anos, estava jogando no São Paulo e fizeram uma pergunta de quem eu queria conhecer da Seleção, ou queria jogar parecido. Escolhi o Zé Roberto. É um ídolo meu desde criança, assisti ele na Copa de 2006, e estarmos no mesmo grupo é uma felicidade imensa. Tento só aprender – contou o atleta de 20 anos, ao LANCE!.
A timidez do camisa 36 alviverde não o deixa tietar o ídolo no dia a dia da Academia de Futebol. Mas nas vezes em que fala com o capitão do Palmeiras, Matheus faz questão de aproveitar ao máximo a chance, que por pouco o jovem não teve.
Neste ano, quando o volante era só uma promessa do sub-20, a Portuguesa quis tê-lo por empréstimo. Uma conversa com João Paulo Sampaio, coordenador geral das categorias de base do Verdão, fez Matheus ficar, aguardando a chance no time de cima. Ela demorou, mas veio.
Levado aos profissionais graças às lesões dos volantes titulares Arouca e Gabriel, Matheus se destacou nos treinos e atuou três vezes; duas delas em jogos delicados, contra o Fluminense, no duelo de volta da semifinal da Copa do Brasil, e no tenso clássico com o Santos, na Vila Belmiro, quando foi o líder em desarmes no duelo, com seis roubadas de bola. O jovem mostrou personalidade e disse que não se intimidou, mesmo tendo enfrentado jogadores como Fred ou Ricardo Oliveira.
– Jamais (vai se intimidar). Independente de ser mais experiente ou não, eu também sou homem, não posso me esconder e ficar com medo. Tenho que aparecer – avisou.
"Às vezes a gente fica um pouco ansioso, quer fazer as coisas no nosso tempo, mas foi bom esperar", disse Matheus Sales
No jogo contra o Vasco, Matheus voltou a ser reserva, em uma opção contestada de Marcelo Oliveira. O técnico, porém, não descarta usar o garoto nas finais da Copa do Brasil. Terminar o ano com um título é tudo aquilo que o meio-campista, no Palmeiras desde 2009, deseja.
– São seis anos aqui. Um título resume tudo o que passei, é a realização de um sonho – completou.
BATE-BOLA COM MATHEUS SALES, VOLANTE, AO LANCE!
‘Às vezes queremos fazer as coisas no nosso tempo, mas valeu esperar’
Como foi a repercussão após você ter estreado no Palmeiras?
Amigos e familiares têm falado comigo bastante, muita gente me procurando, mas minha família está super feliz. O pessoal pergunta muito como é aqui (na Academia), dos treinos, dos jogadores. É dar continuidade.
No ano passado você chegou a ser relacionado por Dorival Júnior...
É, no ano passado eu subi, fui relacionado, mas não joguei. Agora eu tive a oportunidade que o professor Marcelo (Oliveira) graças a Deus me deu. Para mim, isso foi um sonho realizado.
Você é mais próximo de qual jogador deste elenco?
Sou mais ‘caladão’, na minha, mas gosto de todos. Todos me dão muito apoio nos treinos, nos jogos. Estou tentando aproveitar para adquirir o máximo de experiência para chegar, se Deus quiser, em metade das coisas que o Zé Roberto fez na carreira.
Por que você decidiu ficar no Palmeiras e não ir para a Lusa?
O João Paulo falou para eu ficar, que poderíamos ter um ano maravilhoso na base, e que eu poderia treinar no profissional. Às vezes a gente fica um pouco ansioso, quer fazer as coisas no nosso tempo, mas foi bom esperar, porque eu queria dar um passo maior e não consegui. Já fiz três jogos, dois importantes. Foi melhor ficar.
Antes de ser promovido, volante foi 'cobrado'
Matheus Sales levou um “puxão de orelha” por seu desempenho na equipe sub-20 antes de ser promovido ao elenco profissional.
– Num jogo contra o Flamengo, o Matheus teve 40 ações de alta intensidade, que são tiros cima de 18 km/h. Falei com ele que no profissional era preciso de, no mínimo, 120 ações. Ele entendeu e no último jogo dele, contra o Mirassol, saltou de 40 para 138 ações – contou João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras.
– Quando o profissional falou que precisava de um volante, disse para levarem o Matheus Sales. A deficiência dele era essa, e já corrigiu. Capacidade técnica e emocional ele sempre teve, tanto que foi capitão dos times de base – completou João.
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