Roberto Silva desiste de candidatura à presidência do Conselho do Palmeiras e apoiará oposição
Ex-diretor de Leila Pereira apoiará Carlos Faedo no pleito que acontece nesta segunda-feira (6)
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A eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Palmeiras ganhou uma desistência de última hora. Roberto Silva, que se apresentava como candidato independente (nem situação, nem oposição) retirou o seu nome da disputa. Ele apoiará Carlos Faedo, representante da oposição.
O pleito acontece na noite desta segunda-feira (6) e a decisão de desistência por parte de Roberto ocorreu horas antes do início das votações. Inicialmente, ele comunicou somente pessoas próximas e os novos aliados políticos, do grupo opositor à atual gestão. Depois, o conselheiro emitiu uma nota justificando a sua postura.
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Nos bastidores do Verdão já se cogitava que Silva pudesse desistir da candidatura de última hora. A surpresa ficou com o alinhamento do conselheiro a Faedo. Isso porque Roberto sempre esteve ao lado da situação palmeirense, se desalinhando próximo da disputa eleitoral, mas sem fazer críticas ou fortes ataques à administração da equipe palestrina. Ele, inclusive, foi diretor da secretaria-geral do Palmeiras durante a gestão da presidente Leila Pereira.
Com a desistência de Roberto Silva, apenas dois candidatos disputarão a eleição para presidente do Conselho Deliberativo palmeirense: Alcyr Ramos Silva Júnior, pela situação, e Carlos Faedo, pela oposição.
Também haverá uma eleição a parte para vice-presidente - as funções não estão associadas. Nela, os candidatos: Maurício Camargo (situação) e Felipe Giocondo (oposição)
Atual presidente, Seraphim Del Grande, aliado da atual presidente Leila Pereira e do seu antecessor Maurício Galiotte, decidiu não lançar o seu nome à reeleição e deixará a função que ocupa desde 2017.
Confira abaixo a nota de Roberto Silva retirando a sua candidatura e declarando apoio à Carlos Faedo:
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Queridos amigos e amigas do conselho deliberativo da SEP,
"Venho aqui neste momento demonstrar a maior gratidão e orgulho por todo o apoio e palavras de carinho por mim recebidas nestas últimas semanas. Sei que tomei uma decisão muito difícil, e mesmo sozinho e sem base de apoio de grupo algum, consegui plantar uma discussão importante neste nosso conselho, que ficou no foco máximo neste período, e foi valorizado como há muito não se via.
Pudemos ver uma movimentação muito grande até no grupo da situação, que sempre tratou e venceu com facilidade estes tipos de eleições. Movimentação essa que infelizmente continuou no caminho da nossa velha política, com nomeações de novos diretores, promessa de benefícios, de vitaliciedade, convites para jogos, pizzas e uísques. Mas independente da maneira que o fez, reconheceu através disso que precisava dar uma atenção e valorização maior a nosso conselho.
Conselho este que ao longo dos últimos anos vem cada vez mais perdendo o seu protagonismo e se tornando um órgão assessório. Estamos talvez no melhor momento financeiro e de resultados no futebol de nossa história, e é a hora de fazer a nossa política evoluir e acompanhar o nível da nossa instituição de futebol, hoje respeitada no mundo inteiro por seu profissionalismo.
Nós temos 300 cadeiras no conselho que hoje resumindo em palavras de verdade, não vem servindo para quase nada perto do que poderia ser a real função de um conselheiro do maior clube das américas. É muito pouco votar para aprovar balanços e previsões orçamentárias que você mal consegue ter acesso a dados e discutir. Os conselheiros(as) hoje são eleitos basicamente para escolher entre serem diretores estatutários ou membros da oposição.
E é por isso que friso aqui alguns dos meus pilares de campanha, que eu acredito que sejam praticamente unânimes em nosso conselho, e peço para que independente do resultado dessas eleições, nós tenhamos madurez o suficiente para começar a olhar para o futuro do nosso conselho, que vai ajudar a definir o futuro da nossa SEP, principalmente agora com o advindo de novos investimentos e profissionalismo no futebol brasileiro.
- Precisamos de uma reforma e atualização do nosso estatuto, que está claramente defasado. É necessário trazer uma visão de governança corporativa e compliance, não só à diretoria executiva, que hoje já aplica boas práticas, mas também a todos departamentos e ao conselho. Além disso, reforçar uma estrutura independente, tanto no conselho deliberativo quanto no conselho de orientação e fiscalização, sem qualquer interferência e indicação de outros poderes.
- Participação maior dos nossos conselheiros através de comissões diversas e amplas, que não devem ser somente pontuais, como foi no caso da redução dos vitalícios, mas sim permanentes, sempre revendo todos os pontos que podem ser melhorados no nosso estatuto.
- Revisão da maneira que ocorrem as nossas reuniões presenciais de conselho, tornando-as mais produtivas e com mais participação e discussão. Aproveitar o espaço e momento que comparecem mais de 250 conselheiros para que sejam momentos preciosos no nosso calendário político".
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