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Variação, pressão no ataque, legado e base: as ideias de Eduardo Baptista

Técnico deu primeiros indícios do que planeja no Palmeiras em 2017. Há um mês na Academia de Futebol, comandante assistirá em Araraquara jogo da Copinha

Eduardo Baptista se apresenta no Palmeiras
imagem cameraDivulgação
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 05/01/2017
13:47
Atualizado em 05/01/2017
18:25

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Eduardo Baptista chega ao Palmeiras com um legado de sucesso deixado por Cuca. Até por isso, o treinador diz que irá manter muitas das ideias do seu antecessor para, aos poucos, agregar com o seu estilo de jogo e conceitos que o agradam. Adepto do esquema 4-1-4-1, o novo treinador vê semelhanças entre o posicionamento tático que o Verdão usou no Brasileiro e este que utiliza. Mais do que isto, o espírito do time foi bastante elogiado.

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- O ponto de partida é a postura que eles já tinham com o Cuca. O esquema no papel é o mesmo, variação do 4-3-3 para o 4-1-4-1 ou 4-2-3-1. Vai ser um time que vai ser estudado, perseguido pelos adversários, então vamos ter que criar variáveis - resumiu o treinador. Confira a íntegra da entrevista.

"Passei esses últimos 30 dias estudando demais o Palmeiras. Assisti na íntegra, em câmera aberta, aos 38 jogos do Brasileiro e mais três do Paulista, para procurar entender o que foi feito. O mérito do Cuca foi rodar esse elenco. Teve momento em que o Palmeiras perdeu três, quatro do time base e a equipe continuou. O ano vai ser bastante puxado. Se chegar em todas as finais, serão 80 jogos em dez meses. Tem de ter um elenco grande, principalmente o Palmeiras. Cabe a nós escolhermos 11", avisa o novo comandante

Para encontrar estas "variáveis", Eduardo diz que trabalha há um mês na Academia de Futebol. Durante o período, analisou 41 jogos do último ano (os 38 do Brasileiro e três do Paulista). Após o estudo e os cinco reforços já anunciados (Raphael Veiga, Hyoran, Guerra, Michel Bastos e Keno), o técnico considera ter condições de montar times com conceitos diferentes, mesclando o que já fez por Sport e Ponte Preta.

- A gente tem uma filosofia de jogo, mas tenho que me adaptar às peças. No Sport, eu tinha um meia como Diego Souza, que fazia a diferença, uma mobilidade que me permitia propor jogo. Na Ponte, a gente ficou um pouco refém sem esse meia. Tinha que atrair mais o adversário para ter uma transição rápida. O sistema era o mesmo, o conceito era um pouco diferente. Pego um Palmeiras em que posso fazer as duas coisas, com meias e volantes que jogam. Vou dar preferência ao jogo. É escolher a melhor forma de jogar, trabalhar. O Cuca já vinha com um conceito e vou agregar coisas boas. Essa pressão na bola que o Cuca conseguiu é muito boa, gosto dela, e vamos agregar algumas coisas. Tentar, como o Cuca tentou, chegar com muitos homens próximos ao gol. São coisas que vamos trabalhar no dia a dia - acrescentou.

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Dudu e Alejandro Guerra, por exemplo, foram citados como jogadores que podem mudar o posicionamento do time sem substituições.

- O Dudu é moderno, versátil. No começo de trabalho, acredito ser importante manter o posicionamento, usar cada um na sua função. Com o tempo, com os jogadores me conhecendo, fazendo algumas adaptações. Vejo o Dudu também como terceiro homem de meio - afirmou.

- O Guerra é um jogador como o Dudu, que te surpreende a cada jogo. Na disputa pelo terceiro lugar do Mundial ele aparece como falso 9. Joga na beirada, como terceiro homem fazendo a ponta do triângulo, joga como segundo homem no 4-2-3-1, joga como volante. Ele vai ser usado onde está mais adaptado, como terceiro homem de meio. Um meia com a bola e um volante sem. Cabe à gente criar variações, ver onde ele se sente bem. Com jogadores como Dudu e Guerra, você pode usar dois, três sistemas sem mexer peças - completou.

A análise de Eduardo Baptista não se resume ao time profissional, tanto que nesta tarde o comandante vai para Araraquara (SP) assistir ao jogo do time na Copa São Paulo, contra o Villa Nova (MG). 

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