O Palmeiras já adquiriu testes para examinar profissionais quando os treinamentos forem retomados, mas não cogita nem a data desse retorno. O presidente Maurício Galiotte avisa que aceita a volta somente quando tiver aval de autoridades de saúde para um ambiente seguro em meio à pandemia do coronavírus e que não aceita pressão para que ocorram jogos antes disso.
- O futebol não pode voltar por pressão. Precisa voltar no momento certo, quando tiver segurança para retomar as atividades, com aval das autoridades competentes de saúde. Precisamos ter um ambiente seguro de trabalho para todos. Tivemos responsabilidade quando paramos e também precisamos ter responsabilidade para retornar as atividades - falou o dirigente à Fox Sports.
- Tem uma ansiedade normal, inerente ao ser humano, pela importância do futebol. É normal pensar no retorno do futebol e isso, naturalmente, cria uma pressão. Sentimos muita falta. Recebo muitas ligações de pessoas ansiosas para saber quando o Palmeiras vai jogar, com saudade do Allianz Parque. Mas precisamos ter muita coerência, equilíbrio e, sobretudo, responsabilidade. Tratamos com vidas. Quem faz o futebol são as pessoas - prosseguiu.
O Palmeiras já acertou a redução de 25% dos salários de maio e junho registrados em carteira do elenco do time principal masculino, do técnico Vanderlei Luxemburgo, do gerente de futebol Cícero Souza e do diretor de futebol Anderson Barros, além de parcelar os direitos de imagem de abril e maio até junho de 2021. Nesta quinta-feira, são encerradas as férias coletivas, com os jogadores mantendo a forma física em casa. Mas sem data para jogar.
- O Palmeiras já está se preparando para voltar. A questão é quando voltar. É o último de férias, vamos começar os treinamentos em casa, através do planejamento feito pelo departamento de futebol, com atividades físicas diárias e monitoramento. Temos um protocolo para fazer testes no momento certo, pensar em treinos com isolamento e trabalho com a maior proteção possível. Mas só quando tiver liberação das autoridades de saúde e ambiente seguro para trabalhar. Ninguém pode responder quando será - falou Galiotte.
- Depende dos números. É uma decisão técnica, que depende da evolução da doença em cada um dos estados e municípios e de como vamos controlar a pandemia. Se tivermos uma curva que não seja tão negativa como está se mostrando em alguns lugares, começa a se pensar em um retorno de forma planejada e paulatina, com todos os cuidados. Caso contrário, não se pode pensar em retornar. É a evolução da doença que vai determinar o retorno.
Apesar de tantas incertezas, Maurício Galiotte defende que os regulamentos das competições sejam mantidas, inclusive com a disputa das seis partidas restantes no Campeonato Paulista e das 38 rodadas do Brasileiro, mesmo que precise atuar até janeiro. Levando em conta, porém, a segurança do ambiente.
- Precisamos cumprir com nossos compromissos esportivos. Obviamente, não temos um controle de datas, é aguardado o posicionamento das autoridades de saúde para voltar a trabalhar em um ambiente de seguro. Mas esperamos terminar os campeonatos dentro de campo, de acordo com o regulamento e o formato da competição que assumimos no início do ano - disse o presidente.