Paralimpíadas: Brasileiro recordista mundial exalta origem humilde
Velocista disse que deseja fazer diferença para o seu bairro
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O brasileiro Júlio César Agripino demonstrou muito orgulho de sua origem após conquistar o ouro e estabelecer o novo recorde mundial nos 5000m do atletismo nas Paralimpíadas de Paris 2024. Nascido em Diadema, cidade do interior de São Paulo, Júlio dedicou sua conquista à periferia onde cresceu e e disse que ela "mostra o poder de quem saiu da periferia tem". Em declaração dada ao ge, o brasileiro desejou ainda que os novos atletas recebam mais apoio da cidade e da prefeitura.
- Não tive ajuda nenhuma da minha cidade, da minha prefeitura. Espero que agora eles arrumem aquele campinho e apoiem os moradores. De lá podem sair mais promessas. Não quero repercussão para mim, e sim fazer a diferença para o meu bairro e para a sociedade. É muito importante ter o esporte na nossa cidade, no nosso bairro. Que essa medalha seja para aquelas crianças, que elas tenham um futuro brilhante. É possível sofrer com tantas dificuldades na vida e ser campeão paralímpico. Isso mostra o quanto o periférico sabe que sua hora vai chegar - disse o atleta.
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Mesmo tendo suas melhores conquistas neste ciclo paralímpico, o velocista declarou que viveu um período difícil após a edição de Tóquio 2021 Ele chegou a ficar sem guia e precisou de ajuda profissional para lidar com ansiedade. "Agradeço muito ao meu ex-guia e ao meu terceiro guia, e aos que começaram essa trajetória comigo. Além da Maria Gusson e Alex Leco, minha psicóloga e meu coach (...) Dessa vez, senti que cheguei para ganhar essa bagaça. Tive ansiedade, fugimos um pouco da estratégia confesso, mas conseguimos", disse Júlio.
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O atleta dominou a prova e venceu sem dificuldades. Com o tempo de 14:48.85, ele estabeleceu o recorde mundial para a prova, que ainda teve o bronze para o brasileiro Yeltsin Jaques, ex-recordista da modalidade. Esta foi a terceira participação de Júlio nos Jogos Paralímpicos e sua primeira medalha. Ele ainda disputa a prova dos 1500m T11, onde é bicampeão mundial e campeão dos Jogos Parapan-Americanos.
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