O dia mágico de uma jovem artilheira brasileira do futebol feminino
Beatriz, como está na camisa, ou Bia Zaneratto? Tanto faz. O que importa é o gol
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Não é qualquer dia que a Seleção feminina do Brasil tem tanto apoio em um estádio no território nacional como aconteceu no Engenhão, na goleada por 5 a 1 sobre a Suécia. Não é qualquer dia que a responsável por abrir e encerrar a festa do torcedor é uma certa atacante de 22 anos, que há quatro atua no futebol da Coreia do Sul. Beatriz é o nome dela. Ou Bia Zaneratto. O resultado é o mesmo: gol.
Foram duas bolas nas redes suecas. Uma no primeiro tempo, aproveitando a bobeira da marcadora, e outra no segundo, um tapa de canhota no canto. Em time que tem Marte e Cristiane, ser uma das protagonistas é algo encantador, sobretudo em uma edição de Jogos Olímpicos no Brasil.
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- Estar na Olimpíada é um sonho e viver esse dia foi um momento mágico, emocionante. O primeiro gol foi numa briga, parecia que a goleira já tinha pegado, mas eu consegui marcar. Foi uma explosão de sentimentos na comemoração. Meus pais estavam ai, apontei para eles, fiz coraçãozinho. E ainda teve o segundo gol, algo totalmente diferente, mais categoria, para fechar com chave de ouro a noite - contou Beatriz (do jeito que está na camisa e na escalação oficial).
A atacante de 22 anos começou a competição ganhando moral do técnico Vadão. Virou titular e já tinha feito uma boa partida contra a China. Ela tem o privilégio de fazer dupla de ataque com ninguém menos do que Cristiane, de quem vive recebendo conselhos.
- Ela me passa muita tranquilidade ali na frente, sempre me passa um toque. Estamos nos entendendo bem ali. Estamos felizes com o resultado - disse Bia.
Há quatro anos no Steel Red Angels, da Coreia do Sul, a menina de Araraquara - que defende o Brasil desde as seleções de base, teve um início de carreira muito comum para quem está no futebol feminino.
- Comecei com meninos, com 7 anos comecei a jogar em campeonatos da minha escola, em Araraquara. Depois tive a oportunidade de participar de uma escolinha do Luiz, do Espaço Criança. Fui para a Ferroviária e logo consegui vir para a Seleção sub-17. Passei pelo Santos, Vitória de Pernambuco e depois a Coreia - comentou Beatriz, contando a razão pela opção de atuar no exterior:
- Sempre buscamos algo melhor. Para conseguir ajudar minha família, tive que sair de perto dos meus pais. Tenho um carinho muito grande pela minha vó. E lá fora consegui dar uma casa para ela. Estou buscando evoluir como atleta, pessoa e ajudar minha família.
Ciente de que o 5 a 1 foi apenas o segundo jogo, Bia e suas companheiras já estão com o foco no próximo passo na Rio-2016.
- Conversamos logo no vestiário. Sabemos da importância do jogo contra a África do Sul. Temos uma torcida fantástica nos esperando em Manaus. É o momento do futebol feminino, estamos bem concentradas. Felizes, mas com os pés no chão - completou.
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