Exclamações do Editor: ‘Vitória!’
Quem cancelou a vinda ao Rio de Janeiro para a Olimpíada deve estar arrependido. Como disse o presidente do COI, Thomás Bach, seriam 'jogos à brasileira'. Ainda bem que foram!
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A humanidade venceu. O desporto e o olimpismo triunfaram.
Mas foram o Rio e o Brasil os maiores vencedores. Um alívio que os temores e previsões catastrofistas não se confirmaram. Num período de profunda desesperança, a Rio-2016 foi uma lufada de otimismo para renovar nossas crenças de que o futuro pode ser melhor. Os dirigentes e milhares que trabalharam na organização, o prefeito da cidade e sua equipe, os voluntários e todos os que ajudaram nesta empreitada estão de parabéns!
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Os Jogos Rio-2016 ficarão para a história como os que tiveram o mais bonito cenário jamais visto. E também nos quais um povo se mostrou de forma transparente. Com a alegria e espontaneidade de nossa gente. Que começou na magnífica cerimônia de abertura. E se mostrou também com a falta de planejamento e de execução em alguns quesitos. Passado o evento, devemos fazer um balanço para aprender com os erros. Mas falhas também ocorreram em todas Olimpíadas. Vaiamos forte e aplaudimos com o coração, até adversários, como foi com os italianos neste domingo no vôlei.
Quem cancelou a vinda ao Rio deve estar arrependido. Como disse o presidente do COI, Thomas Bach, seriam "jogos à brasileira".
E que felicidade terem sido deste nosso jeito!
No campo esportivo, foram também Jogos únicos. Onde se apresentaram e se despediram os dois maiores atletas da história olímpica nas duas mais importantes modalidades: Michel Phelps e Usain Bolt.
Precisou as Olimpíadas virem para o Rio e ser no Maracanã a final que nos deu a tão almejada medalha de ouro, tirando um peso tanto da Seleção quanto do mítico estádio. A exuberante garra e a simplicidade de Serginho, o gigante que se despede, e do canoísta Izaquias, que estreou batendo todos os recordes ficam como símbolo de nossa vitoriosa campanha. Eles nos presentearam com suas almas e ficaram para a história. Não é certo valorizar somente os medalhistas, mas os que vencem se superam. Eles derrotam as probabilidades da vida como fez a Rafaela Silva, saindo da Cidade de Deus para o ouro.
Nossa campanha mostrou evolução, mas não foi o que poderia ter sido. É necessário rever o modelo de gestão do esporte no nosso país. O modelo concentrador e de perpetuação no poder não nos levou aonde deveríamos estar.
Oxalá as Olimpíadas sejam transformadoras neste sentido para nosso país. Que o total de medalhas siga crescendo nas próximas edições, como resultado de novas políticas públicas e de participação de entes privados. Este seria o legado desejado destas Olimpíadas maravilhosas realizados na única Cidade Maravilhosa deste mundo!
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