Fase de colegas pode atrapalhar Bolt na busca pela nona medalha de ouro
Velocista jamaicano conquistou o tricampeonato nas provas de 100m e 200m nos Jogos do Rio, e vai em busca da marca no revezamento. Seus companheiros, porém, não estão bem
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Usain Bolt é uma máquina de conquistar medalhas de ouro. Essa afirmação é, claro, inegável, já que o jamaicano já subiu ao ponto mais alto do pódio oito vezes em Jogos Olímpicos, sendo duas no Rio de Janeiro. A busca pela nona, porém, pode ser complicada por um fator: seus companheiros.
O velocista tentará nesta sexta-feira conquistar aquela que será a sua última láurea olímpica, visto que já anunciou que deixa as pistas ao fim do Mundial de Londres (ING), no ano que vem. A prova em questão, o revezamento 4x100m, requer participação de outros três colegas de equipe, que não vivem boa fase.
Apesar disso, a Jamaica segue como favorita para a conquista da medalha de ouro nos Jogos do Rio de Janeiro, tendo como principal rival a equipe dos Estados Unidos, que se classificou para a decisão na primeira posição geral. Outros times que ameaçam os jamaicanos são o Canadá e Trinidad e Tobago.
Veja abaixo uma análise dos quatro velocistas que compõe o time:
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Má fase e lesão
Nos Jogos do Rio de Janeiro, Yohan Blake terminou a decisão dos 100m na quarta colocação, longe do vice-campeonato alcançado na Olimpíada de Londres (ING), em 2012. Na prova dos 200m, por sua vez, não conseguiu se classificar à final, ficando, novamente, impossibilitado de repetir a prata da Inglaterra.
Um dos principais motivos para a piora nos resultados de Blake se deve às corriqueiras lesões que atingiram o jovem de 26 anos nos últimos quatro anos.
Fora da briga entre os melhores
Outro companheiro de Bolt no revezamento, Nickel Ashmeade, também está longe de estar em sua melhor fase. No Rio de Janeiro, o atleta ficou fora das decisões dos 100m e 200m, caindo em ambas as semifinais.
O competidor de 26 anos, que nunca foi ao pódio em um Mundial ou torneio de nível semelhante em uma prova individual em sua carreira, possui o tempo mais baixo dos quatro corredores nessa temporada.
Inatividade do veterano
Por fim, o veterano Asafa Powell, de 33 anos, completa o quarteto, com um fator que pesa sobre sua performance. Nas seletivas jamaicanas, o corredor não conseguiu classificação em nenhuma prova individual para a Olimpíada e, dessa forma, correu apenas as baterias eliminatórias do revezamento.
Powell, que já foi recordista mundial nos 100m, tem o oitavo melhor tempo do mundo nessa temporada (por atleta), mas o período de inatividade durante os Jogos pode pesar em sua atuação na decisão.
O melhor de todos os tempos
Apesar dos problemas que envolvem seus companheiros, o time da Jamaica tem, certamente, o maior trunfo da decisão no revezamento 4x100m. E ele atende por um nome: Usain Bolt.
O velocista é o atual tricampeão nos 100m e 200m, e precisa "apenas" da medalha de ouro no revezamento para fechar a "Tríplice Coroa" olímpica na carreira, conquistando três primeiros lugares nas três provas, em nove finais.
Mesmo afirmando estar cansado, Bolt fez o melhor tempo do ano nos 200m nesta quinta-feira, e conquistou os 100m com a segunda melhor marca da temporada. A forma é boa, a motivação é grande, e o talento, inegável.
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