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Fase de colegas pode atrapalhar Bolt na busca pela nona medalha de ouro

Velocista jamaicano conquistou o tricampeonato nas provas de 100m e 200m nos Jogos do Rio, e vai em busca da marca no revezamento. Seus companheiros, porém, não estão bem

Em Londres-2012, o time jamaicano foi campeão olímpico com extrema facilidade (Foto: Olivier Morin/AFP)
imagem cameraEm Londres-2012, o time jamaicano foi campeão olímpico com extrema facilidade (Foto: Olivier Morin/AFP)
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Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/08/2016
01:47
Atualizado em 19/08/2016
09:50

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Usain Bolt é uma máquina de conquistar medalhas de ouro. Essa afirmação é, claro, inegável, já que o jamaicano já subiu ao ponto mais alto do pódio oito vezes em Jogos Olímpicos, sendo duas no Rio de Janeiro. A busca pela nona, porém, pode ser complicada por um fator: seus companheiros.

O velocista tentará nesta sexta-feira conquistar aquela que será a sua última láurea olímpica, visto que já anunciou que deixa as pistas ao fim do Mundial de Londres (ING), no ano que vem. A prova em questão, o revezamento 4x100m, requer participação de outros três colegas de equipe, que não vivem boa fase.

Apesar disso, a Jamaica segue como favorita para a conquista da medalha de ouro nos Jogos do Rio de Janeiro, tendo como principal rival a equipe dos Estados Unidos, que se classificou para a decisão na primeira posição geral. Outros times que ameaçam os jamaicanos são o Canadá e Trinidad e Tobago.

Veja abaixo uma análise dos quatro velocistas que compõe o time:

Yohan Blake (Foto: AFP)
Yohan Blake tenta deixar as lesões para trás (Foto: AFP)

Má fase e lesão
Nos Jogos do Rio de Janeiro, Yohan Blake terminou a decisão dos 100m na quarta colocação, longe do vice-campeonato alcançado na Olimpíada de Londres (ING), em 2012. Na prova dos 200m, por sua vez, não conseguiu se classificar à final, ficando, novamente, impossibilitado de repetir a prata da Inglaterra. 

Um dos principais motivos para a piora nos resultados de Blake se deve às corriqueiras lesões que atingiram o jovem de 26 anos nos últimos quatro anos. 

Nickel Ashmeade (Foto: AFP)
Nickel Ashmeade caiu em duas semifinais no Rio (Foto: AFP)

Fora da briga entre os melhores
Outro companheiro de Bolt no revezamento, Nickel Ashmeade, também está longe de estar em sua melhor fase. No Rio de Janeiro, o atleta ficou fora das decisões dos 100m e 200m, caindo em ambas as semifinais. 

O competidor de 26 anos, que nunca foi ao pódio em um Mundial ou torneio de nível semelhante em uma prova individual em sua carreira, possui o tempo mais baixo dos quatro corredores nessa temporada.

Asafa Powell (Foto: AFP)
Asafa Powell não disputa provas individuais no Rio (Foto: AFP)

Inatividade do veterano
Por fim, o veterano Asafa Powell, de 33 anos, completa o quarteto, com um fator que pesa sobre sua performance. Nas seletivas jamaicanas, o corredor não conseguiu classificação em nenhuma prova individual para a Olimpíada e, dessa forma, correu apenas as baterias eliminatórias do revezamento.

Powell, que já foi recordista mundial nos 100m, tem o oitavo melhor tempo do mundo nessa temporada (por atleta), mas o período de inatividade durante os Jogos pode pesar em sua atuação na decisão.

Usain Bolt (Foto:Ari Ferreira/LANCE!Press)
Usain Bolt vive uma fase histórica (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)

O melhor de todos os tempos
Apesar dos problemas que envolvem seus companheiros, o time da Jamaica tem, certamente, o maior trunfo da decisão no revezamento 4x100m. E ele atende por um nome: Usain Bolt.

O velocista é o atual tricampeão nos 100m e 200m, e precisa "apenas" da medalha de ouro no revezamento para fechar a "Tríplice Coroa" olímpica na carreira, conquistando três primeiros lugares nas três provas, em nove finais.

Mesmo afirmando estar cansado, Bolt fez o melhor tempo do ano nos 200m nesta quinta-feira, e conquistou os 100m com a segunda melhor marca da temporada. A forma é boa, a motivação é grande, e o talento, inegável.

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