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Refugiada síria se despede do Rio feliz com mensagem passada

Yusra Mardini acabou eliminada ainda nas baterias classificatórias das provas de 100 metros livre e borboleta e já pensa nos jogos de Tóquio 2020

Yusra Mardini
Yusra Mardini competiu no Rio sob a bandeira de delegação de refugiados (Foto: International Olympic Committee)

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Dois minutos, 13 segundos e 87 centésimos. Este foi o tempo que a síria Yusra Mardini passou dentro da piscina do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos nos Jogos Rio 2016. Pouco, quase nada, se comparado a outros famosos nadadores olímpicos que brigam por inúmeras medalhas no Brasil. Menos ainda em relação às mais de três horas que ela e a irmã Sarah passaram nadando no mar pela vida delas e de cerca 30 pessoas que estavam em um bote, cujo motor pifou, tentando fugir da guerra que assola a Síria.

O caso que chamou a atenção do mundo ocorreu em agosto de 2015. Um ano depois do episódio, Yusra chegou ao Rio para competir nos Jogos Olímpicos representando a equipe olímpica de refugiados. Uma experiência que pessoalmente não terminou do jeito que ela queria pelo lado competitivo, mas satisfatória em termos de passar uma mensagem a todos que passam pela mesma situação.

- Foi uma experiência incrível. Eu adorei. Espero que os refugiados possam não ser mais refugiados e que eles tenham esperança em continuar seguindo seus sonhos depois de nos verem. Espero que nossa mensagem tenha rodado o mundo, pois muita gente está me mandando mensagens sobre o que eles estão fazendo em busca de seus sonhos e dizendo que sou ídolo deles agora. Então estou muito feliz, tenho uma responsabilidade real -  contou a nadadora síria, que hoje vive na Alemanha.

Depois de terminar os 100m borboleta na 41ª posição com o tempo de 1m09s21, Yusra se despediu dos Jogos Olímpicos com a modesta 45ª colocação nos 100m livre nesta quarta-feira (10). Apesar dos resultados, ao fim da prova, a síria teve seu momento de Michael Phelps: toda a imprensa se aglomerou em volta dela querendo ouvir o que ela tinha a dizer após sua primeira participação olímpica. Mardini lamentou seu próprio desempenho e prometeu que vai tentar melhorar para as próximas Olimpíadas.

- Foi estressante. Eu estava pensando muito na prova, o que me fez ir mal. Acho que pensei demais. Mas vou continuar minha jornada e continuar nadando. Espero não só ir aos próximos Jogos como não nadar tão devagar. Quero uma medalha, então tenho muito trabalho a fazer - encerrou Yusra.

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