Análise: Forma com que lida com adversidades escancara problemas emocionais do Santos
Peixe teve o quarto jogador expulso nas últimas quatro partidas, sendo que em três delas sofreu viradas no placar
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Um dos principais adversários do Santos na derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta, na Vila Belmiro, nesta quinta-feira, que culminou na sua eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista, foi ele próprio.
Longe de querer tirar os méritos da equipe de Campinas, que saiu vencedora, mas o Peixe se perdeu em erros que ele mesmo já vem cometendo desde o início da temporada e que estão cada vez mais visíveis.
A expulsão de Marinho no fim do primeiro tempo foi a quarta nos últimos quatro jogos, sendo três delas na etapa inicial do jogo. E em três dessas quatro situações, o Peixe estava na frente do placar, se abateu com a inferioridade numérica e sofreu as viradas.
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Os primeiros 45 minutos contra a Ponte mostraram um Santos até que bem organizado em sua proposta de jogo com duas linhas de quatro jogadores com um volante à frente da linha defensiva e um centroavante com mobilidade após a zona central. O time não concentrou as suas jogadas em blocas e a dupla Carlos Sánchez e Diego Pituca fechou-se mais no meio de campo. Porém, isso não bastou.
A Macaca minou os principais jogadores santistas com sequentes faltas e a falta de pulso do árbitro Salim Fende Chaves irritou os santistas na primeira amostra de abalo emocional do Peixe no jogo, ainda quando vencia. Aos 23 minutos do primeiro tempo Marinho revidou uma falta que sofrera minutos antes e foi amarelado. Aos 43, deixou o braço no rosto do adversário e foi expulso. O segundo amarelo até cabe discussão, o que já não cabe é o risco que o atacante assumiu.
Para piorar, o Peixe sofreu o empate logo aos quatro minutos no segundo tempo. Foi o quarto gol de jogada aérea que o time tomou na temporada. Erro sequente e inconsequente, com participação mais do que especial do goleiro Vladimir, que apareceria novamente como vilão do próprio time ao rebater uma bola para o meio da área no segundo gol pontepretano.
Após ver a Macaca reagir e empatar, o Santos se viu entregue, a marcação afrouxou e o time foi pura apatia. Em determinados momentos os zagueiros Lucas Veríssimo e Luan Peres estava armando o jogo, com a saída do único centroavante disponível para a partida, Kaio Jorge, para a entrada de Soteldo, o venezuelano passou a flutuar de um lado para o outro, concentrando-se onde a bola estava, perdido e inativo.
E o Santos perdeu. O jogo. A classificação. A cabeça. Que está quente em campo, porque tem um extracampo bastante conturbado. Mas que poderá ser colocada no lugar com nove dias sem entrar em campo. Mais um espaço de tempo para Jesualdo Ferreira começar de novo ou repetir os mesmos erros.
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