ANÁLISE: Santos de Turra regride e precisa pensar no rebaixamento, não em Libertadores
Peixe não pode perder de vista que é um sério candidato a cair de divisão no Brasileirão
O Santos de Odair Hellmann não estava bem, longe disso. Com o ex-técnico, o time ficou nove jogos seguidos sem vencer. O início de Paulo Turra, porém, não é nada animador.
Apesar de promover algumas mudanças estruturais relevantes internamente, o desempenho em campo é ruim: são quatro partidas, uma vitória, um empate e duas derrotas.
Nos últimos três confrontos, a equipe sofreu inacreditáveis 10 gols e marcou cinco (quatro em um só jogo, no triunfo sobre o Goiás). O Peixe perdeu por 3 a 0 para o Cuiabá e, após uma semana completa de treinos, foi massacrado pelo rival São Paulo no clássico do último domingo (16), por 4 a 1. As duas partidas ocorreram longe da Vila Belmiro, e o Tricolor vinha de um mata-mata pela Copa do Brasil.
Para que fique claro: também é preciso ter calma. Ao mesmo tempo, são apenas quatro jogos da nova comissão técnica.
E AÍ?
Com uma vitória nos últimos 15 jogos e eliminado de todas as competições, o Santos não pode, jamais, perder de vista que segue um forte candidato ao rebaixamento no Brasileirão. Das equipes abaixo do Alvinegro na tabela, pelo menos Corinthians e Coritiba estão em evolução. Não é uma vitória sobre o Goiás (com atuação questionável da arbitragem) ou interesses em contratações que tirarão o time desta fase de uma hora para a outra.
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No entanto, para que essa situação não saia do pensamento do Alvinegro, é preciso institucionalizá-la. A exemplo do que Paulo Turra fez quando chegou e declarou o Peixe em "estado de emergência", um de seus acertos internos.
O auxiliar técnico Claudiomiro, que dirigiu o Santos interinamente contra o Flamengo, revelou em coletiva que Z4 é um tópico 'não falado e não comentado' no clube. Paulo Roberto Falcão, após o vexame contra o São Paulo, afirmou que pretende reforçar o elenco para, quem sabe, disputar vaga na Libertadores. Às emissoras de televisão na zona mista do Morumbi, o dirigente disse: "Não existe rebaixamento para mim".
O estado atual é, sim, de emergência, como diz Turra. O grupo precisa de contratações, mas primeiramente para livrar a possibilidade de queda e respirar no Campeonato Brasileiro. Somente a partir deste momento será possível sonhar com voos mais altos. A torcida sabe. A maioria dos jornalistas e profissionais que acompanham o clube diariamente sabe. Porém, também é necessário que fique claro para o próprio Santos: a meta é 45 pontos, ou o suficiente para se manter na primeira divisão nacional.
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