Andrés Rueda cita dívida de R$ 700 milhões e reforça necessidade do Santos vender jogador
Presidente detalhou a situação financeira do Peixe em entrevista à Rádio Bandeirantes
A crise financeira vivida pelo Santos é um dos principais assuntos dentro do clube nos últimos meses. Iniciando seu terceiro mês de mandato, Andres Rueda deu entrevista na Rádio Bandeirantes e detalhou a situação do Peixe. São cerca de R$ 700 milhões em dívidas, mas o curto prazo é o que mais preocupa o presidente.
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- Por baixo, R$ 150 a R$ 180 milhões, até o final do ano. Se paga essa dívida com receitas recorrentes, renegociando contrato a contrato, mas é difícil. Dívidas estão há muito tempo sendo levadas. Quanto mais antiga a dívida, mais difícil fica. Há dívidas renegociadas três vezes. Um exemplo: R$ 8 milhões em dívida. Em dois anos, nada se paga, renegociada três vezes e o principal dela hoje tem R$ 14 milhões. Contamos com a falta de credibilidade desses credores hoje. Temos que renegociar, alongar a dívida. Só vamos respirar quando vendermos jogador, infelizmente. Vamos tirar o nariz da linha d’água com entrada significativa de venda de jogador - disse Rueda.
Outro ponto detalhado por Rueda foi a necessidade de diminuir a folha salarial do clube. A gestão tem feito demissões, em diversos departamentos. Nos últimos dias, saíram o coordenador técnico Renato Florêncio e o chefe do departamento médico, Ricardo Galotti, entre outros nomes. Rueda explicou o motivo.
- O Santos tem uma folha, sem encargos, beirando os R$ 8 milhões. No futebol, os encargos são de 40 ou 50%. Coisa de R$ 12 milhões. Não encaixa, não dá. Preciso derrubar, de qualquer maneira, o custo da folha para R$ 5,5 ou R$ 6 milhões sem encargos. Vai doer na carne, não tem como. Sem isso, não vamos viabilizar o clube. Não é só torcer para ter um raio, brigar para ter colocações em campeonato Santos tem que entrar para ganhar campeonato. Queria ter dinheiro sobrando para contratar o que há de melhor no mercado. Para chegarmos nisso, vamos sofrer. Ninguém gosta de fazer, não é agradável demitir e enxugar a folha, mas nosso propósito na gestão é corrigir e colocar o Santos no caminho correto - completou.
Apesar da grande dívida, o Santos tem colocado como prioridade os compromissos salariais. Atualmente, só está pendente com os jogadores a premiação da semifinal da Copa Libertadores.