Felipe Jonatan conta trajetória até disputa de Libertadores pelo Santos
Com um trauma no tornozelo, o lateral ficou no banco na estreia do Peixe na competição continental, contra o Defensa y Justicia, entrando apenas nos minutos finais
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Em 2018, Felipe Jonatan disputava a Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Ceará. No mesmo ano, foi promovido aos profissionais, onde destacou-se entre os melhores laterais do Campeonato Brasileiro. Meses depois, em fevereiro de 2019, tornou-se a transação mais cara do futebol cearense ao ser vendido para o Santos por R$ 6 milhões. Agora, o camisa 3 está prestes a estrear como titular na Copa Libertadores da América pelo Peixe, nesta terça-feira, às 19h15, contra o Delfín-EQU, na Vila Belmiro.
E é bem capaz que se perguntássemos há dois anos se ele já se imaginava estar onde chegou, a resposta seria sim. Atleta de sonhos concretos, Felipe enxerga longe, já projetando-se campeão continental e disputando o título mundial de clubes, no Catar, em dezembro.
- No último jogo falei com o Pará e o Marcão, que é o massagista, que mais ou menos um ano atrás eu estava jogando o campeonato cearense, campeonato local, da minha cidade, que infelizmente não é tão valorizado em cenário nacional e mundial e poderia ser mais valorizado pela qualidade dos clubes, e hoje estou jogando uma Libertadores da América. Quem sabe daqui uns meses estaremos jogando um campeonato no Catar, que é um objetivo meu pessoal, também – disse.
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Felipe é lúcido em reconhecer os seus erros em campo, assumindo responsabilidades e buscando evolução. Criticado por parte da torcida por falhas defensivas no início da temporada, o jogador tem bons números até o momento, com três assistências, seis interceptações e 12 desarmes, o que faz com que ele tenha uma autocrítica lúcida.
- Eu gosto de assumir os erros quando erro, porque o momento de ser homem é nos detalhes. Eu sei que errei contra o Corinthians, internamente no elenco eu assumi a responsabilidade do gol, mas contra o Ituano eu não assumi, porque era uma ocasião de, infelizmente, ser do meu lado, mas precisaria de alguém para compor – comentou.
E se para chegar onde ele quer é necessário ter referências inspiradoras, Felipe Jonatan tem: Léo. O lateral-esquerdo titular da última conquista continental do Santos, em 2011, é considerado por muitos o maior da posição na história do clube e um retrato na parede para quem sonha ter o rosto pintado no muro do CT Rei Pelé.
- Na minha primeira entrevista no clube, ano passado, falei que quero ter a minha foto espalhada por esse clube, deixar a minha marca expressiva, como foi o Léo, que é um cara que admiro muito, como pessoa e como atleta. Então, eu quero vencer. Não quero ser só mais um atleta que vai passar aqui e ninguém lembrar. Quero ficar aqui o máximo de tempo possível, mas que possa conquistar títulos, objetivos, para deixar meu nome marcado na história do clube – enfatizou.
E como os sonhos são as manifestações subconscientes dos desejos, a torcida do Peixe pode confiar que o seu lateral não só sonha, como faz acontecer. É por isso que hoje ele veste o manto alvinegro. E é assim que, como nunca, o lado canhoto santista vai entrar em campo com o pé direito, em seu primeiro duelo em casa pela Libertadores.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini
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