O Santos é o 17º colocado do Brasileirão e está na zona do rebaixamento, mas a situação do time não abala Alexandre Gallo. O coordenador técnico afirmou que a possibilidade de queda "não passa pela cabeça" do clube, que tem capacidade para estar em uma posição mais confortável.
De acordo com o dirigente, o atual objetivo principal do Peixe é sair dessa situação ruim o mais rápido possível. Para isso, ele acredita que os jogadores contratados na janela de transferências do meio do ano — João Basso, Júnior Caiçara, Dodô, Rincón, Jean Lucas, Nonato, Julio Furch, Maximiliano Silvera e Alfredo Morelos — vão ajudar muito.
- Estamos fazendo de absolutamente tudo para sairmos desse momento o mais rápido possível. Pela grandeza, tamanho da camisa e forças das nossas ações que estão acontecendo, isso não passa pela nossa cabeça. Passa uma evolução rápida, por exemplo. Formamos um time, um elenco, depois da minha chegada é a avaliação, que não era para estar nessa situação. Não posso falar sobre o que aconteceu no passado, seria covarde da minha parte. Posso falar daqui para frente. Acho que os jogadores que trouxemos nesse período vão agregar no aspecto técnico - disse, em entrevista ao Lance!.
Sobre o desempenho da equipe do técnico Diego Aguirre, Gallo analisa que oscilações são naturais. Porém, o coordenador avaliou o último jogo do Santos, contra o América-MG, como muito ruim. Após a derrota por 2 a 0 fora de casa, em Belo Horizonte, o dirigente teve uma conversa com o elenco.
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- As oscilações vão continuar acontecendo. Fizemos um grande jogo contra o Grêmio, aceitável contra o Atlético-MG e muito ruim contra o América. Depois que isso tudo aconteceu, tive uma conversa bastante interessante com todos os atletas na reapresentação, para que eles entendam o nosso objetivo e onde queremos chegar, que é sair dessa situação o mais rápido possível. O ponto determinante é esse.
- A gente entende que tem um time com uma qualidade para não estar onde está. Com mais quatro ou cinco jogadores com qualidade técnica para evolução e estamos tendo tempo de trabalho, isso tem que acontecer o mais rápido possível. Mas a oscilação segue acontecendo, a gente quer sair do bloco de trás - concluiu.
COMO AVALIA A GESTÃO DE ANDRES RUEDA?
Segundo Alexandre Gallo, o presidente Andres Rueda deixará um legado positivo ao Santos. Na visão do dirigente, o mandatário alvinegro acerta na gestão financeira e reconstruiu o clube, que estava "destruído".
- A gestão (de Rueda) será avaliada daqui uns dois ou três anos como muito positiva em termos de acertos financeiros no clube. Do que eu fiquei sabendo de quando ele pegou aqui, o Santos era um time destruído que não tinha dinheiro para colocar gasolina no carro para ir à São Paulo. Hoje, quem pegar o Santos terá uma dívida equilibrada, que ainda existe, como qualquer grande clube do Brasil. Mas uma coisa muito mais equilibrada, tinha que fazer esse trabalho. Após a minha chegada, ele está sendo bastante condescendente com aporte financeiro importante nas escolhas que estamos fazendo, como seria o Pereyra e como foi o Morelos e Rincón - afirmou.
O Peixe está em ano eleitoral, e Rueda diz que não concorrerá à reeleição em dezembro. O contrato de Gallo vale até o final de 2024, mas ele prefere pensar no agora ao invés do futuro.
- Tenho que fazer meu melhor hoje, amanhã tenho que fazer melhor do que fiz ontem. É o que eu penso, não posso pensar em outra coisa além de defender o Santos hoje. Quem está no futebol acompanha absolutamente tudo. Sempre acompanhei e via os jogos do Santos. Acompanhava as outras equipes também, a gente vive o futebol - explicou.