Gestor do Santos explica admissões no clube: ‘Previsto no Estatuto’
Braço direito de Rollo, Mário Badures afirmou que vinda de profissionais em momento delicado financeiramente se fez para respeitar organograma que não era cumprido
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Membro do Comitê de Gestão do Santos mais próximo do presidente em exercício, Orlando Rollo, Mário Badures afirmou que as contratações de profissionais, principalmente para as categorias de base, mesmo com o Peixe em condição financeira delicada, acontece para que o clube respeite um organograma aprovado em 2018, mas que nunca foi colocado em prática pela gestão afastada, então presidida por José Carlos Peres.
Na última semana, o ex-zagueiro, campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002, Márcio Santos, foi convidado para assumir a gerência de futebol santista. Além disso, nomes como Nenê Belarmino, Flávio Antunes, Aarão Alves e Marcelo Fernandes também farão parte desta reestruturação do comando das categorias de formação.
Contudo, o Peixe não possui provisionamento de receitas e teme não conseguir pagar os salários de novembro e dezembro, caso não venda Soteldo para o Al-Hilal, por uma proposta por 7 milhões de dólares encaminhada pelo jogador.
– Pra que todos entendam, o Santos FC não é só um caos administrativo e financeiro, é um caos em todos os setores do clube. Posso até ser duro no que estou dizendo, mas a verdade é que administrativamente o Santos Futebol Clube está muito mais além do que o número necessário. Uma das preocupações do presidente Rollo logo no início, era que o Comitê de Gestão atendesse os reclamos, a obrigatoriedade do Estatuto Social nos impõe. Algo que nunca foi observado pela gestão passada – disse Badures ao programa “Esporte em Destaque” da “Boqnews TV”.
– Há um organograma no clube que nunca foi respeitado, no início dessa gestão Peres e Rolo, e eu posso dizer que estava presente na figura de assessor da presidência, alocado na vice-presidência, e o Andrés Rueda, ainda enquanto gestor, apresentou essa organograma, o CG aprovou e ele nunca foi adotado. Ao contrário, ele foi engavetado – acrescentou.
O organograma colocado em prática desde que Orlando Rollo assumiu a presidência do Santos foi adaptado pela realidade atual.
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Badures não confirmou a quantidade exata de admissões, mas disse que eles chegam ao Peixe com os salários adequados às realidades do clube, considerando o aceite até mesmo como um ato de carinho à instituição.
– Não é uma questão que estamos contratando pessoas pra inchar a máquina em um momento difícil, ao contrario, nós estamos deixando a casa em ordem para uma próxima gestão, e eles todos estão fazendo parte disso, a máquina do jeito que deve funcionar. Temos que trazer profissionais para povoar esses cargos que estão previstos no próprio estatuto, de acordo com cada área e segmento, com um salário muito menor do que elas merecem e de acordo com que o clube pode pagar, que é o mínimo, do mínimo, do mínimo, do mínimo. Posso dizer que essas pessoas que estão sendo contratadas estão vindas muito boa parte por respeito e amor ao clube – pontou o membro do Comitê de Gestão.
– Tá sendo ventilado essa questão de 50 funcionários, mas eu acredito que não seja esse número. Não posso pegar aqui, avançar e ver se essa é a questão, mas não vejo por esse lado. Estamos trazendo profissionais para povoar departamentos, cada um na sua função, e antes de falar se é 48, 49, 50, 51, eu prefiro dizer que todos esses cargos, dentro do organograma do clube, estão sendo preenchidos a bem do Santos FC, porque o impacto dessas novas contrações será ínfima em relação ao que isso vai produzir em futuro próximo, e de acordo com o que o Santos está passando em seu momento financeiro – concluiu.
Atualmente, o Santos possui mais de R$ 300 milhões de dívidas em curto, médio e longo prazo e está impossibilitado de registrar novos jogadores por conta de pendências com o Huachipato (CHI) e Atlético Nacional (COL), pelo não pagamento pela contratação do atacante Soteldo e do zagueiro Felipe Aguilar respectivamente – o defensor inclusive já foi negociado, em março, com o Athletico-PR, por R$ 10 milhões por 50% dos seus direitos. O débito com os chilenos e colombianos está próximo a R$ 25 milhões.
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