Santos crê que ‘herança maldita’ atrapalha o clube na busca por reforços
Para algumas pessoas no clube, ter fechado as portas para empresários no início da atual administração tem prejudicado o Peixe na tentativa de contratar atletas
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O Santos é um dos únicos times brasileiros que ainda estão ativos no mercado da bola. Mesmo com a janela de transferências nacional tendo se encerrado no início de agosto, o departamento de futebol do clube alvinegro busca atletas livres no mercado que possam agregar ao elenco. E para a diretoria, a dificuldade em avançar em negociações por reforços é fruto de uma postura do início da gestão de fechar as portas para empresários. Hoje, isso é visto como um erro.
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Quando assumiu a presidência santista, o presidente Andres Rueda e o seu grupo gestor queriam acabar com a prática de pagamento de comissões abusivas aos agentes. No entendimento de Rueda, isso foi algo lesivo ao Peixe por anos. Atualmente, a compreensão é de que os agentes fazem parte do ecossistema do futebol e são fundamentais na hora que os clubes vão às compras.
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Rueda e as pessoas próximas a ele consideram que faltou jogo de cintura para lidar com essa situação. Há algum tempo a diretoria santista tem aberto as portas para os empresários, mas o saldo é que a demora deixou a equipe para trás em relação a adversários que têm relação mais próxima com alguns agentes.
Um exemplo foi a ida do zagueiro Lucas Veríssimo ao Corinthians. Quando soube que o jogador ficaria disponível no mercado, com o Benfica (POR) aceitando emprestá-lo, o Peixe foi em busca de repatriar o jogador, mas escutou uma pedida salarial e de bonificações consideradas fora dos padrões. Porém, o jogador foi contratado por empréstimo pelo Corinthians com valores mais acessíveis.
O defensor é agenciado por Paulo Pitombeira, que sempre teve ótimo trânsito no Timão. O agente, no entanto, não possui a mesma relação de proximidade com o Peixe, principalmente depois da demissão de Fábio Carille como treinador, no início do ano passado.
Ainda que siga com dificuldades de relação com empresários até o momento, o Santos tem conseguido concretizar alguns negócios. Na janela de transferências do meio deste ano foram contratados: o lateral-direito Júnior Caiçara, o zagueiro João Basso, o lateral-esquerdo Dodô, os meias Jean Lucas, Tomás Rincón e Nonato, e o atacante Julio Furch.
Porém, houve diversas tentativas frustradas no mercado da bola, casos como os dos zagueiros Juan Pablo Vargas e Junior Alonso, do lateral-esquerdo Yairo Moreno, dos meias Bruno Henrique e Rodrigo Zalazar, e do atacante François Kamano. Com exceção do primeiro, que veio até o Brasil, mas foi reprovado nos exames médicos, o restante acabou não chegando a um acordo com o Peixe.
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A direção santista segue no mercado pelo grande sonho desde o início da janela de transferências: o meia Roberto Pereyra. Na última semana, inclusive, foi programada uma viagem do coordenador esportivo Alexandre Gallo para a Europa, para conversar pessoalmente com o jogador. Porém, a ida foi cancelada após os empresários do argentino reforçarem que, independentemente de qualquer conversa, a prioridade do atleta é a permanência na Europa. Ele sonha com uma investida da Inter de Milão.
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