O técnico Odair Hellmann, do Santos, tentou blindar o elenco do Peixe após nova derrota no Paulistão. O time é o lanterna do Grupo A e foi superado pelo Palmeiras por 3 a 1, no Morumbi, e soma apenas uma vitória no torneio, além de três empates e duas derrotas. Segundo o treinador, não é momento de individualizar a culpa pelo momento do clube.
- O que eu tô fazendo desde o início vou continuar fazendo. Dando moral para todos os jogadores, tirar o peso dessa cobrança que vem de dois anos. Cabe a mim, como comandante, reconhecer as dificuldades que estamos tendo. Encorajar o grupo, achar opções tecnicamente, buscar uma vitória para dar estabilidade. Não é momento de ficar apontando o dedo. Eu vou falar internamente, vou dar abraço no cara, dizer que tô contigo, para reverter a situação o mais rápido possível. Toda essa pressão dá uma falta de tranquilidade e confiança. Tudo que o atleta precisa é confiança - disse em coletiva de imprensa na noite deste sábado (4).
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O técnico admitiu que está triste com a atual situação do Santos, mas acredita que a melhora no rendimento do time é possível de acontecer.
- Não tenho tempo para treinar, mas tenho que encontrar soluções. Eu tô triste, mas acredito. Se a gente repetir a última partida (contra a Ferroviária), que foi o nosso melhor jogo, a gente tá mais próximo da vitória.
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Torcedor pode acreditar em reação?
Eu vou continuar trabalhando e acreditando que, mesmo com as dificuldades, podemos estancar a situação. Eu acredito, continuo trabalhando muito, são muitos contextos. Tem que ter tranquilidade, quando fala tranquilidade parece que não vai ter ação, mas a tranquilidade é necessária para a gente conseguir os resultados. Muitas coisas aconteceram, perda de jogadores que eu não contava no planejamento inicial. Vamos continuar trabalhando para dar uma resposta.
Santos não competiu com o Palmeiras?
Conseguimos competir até tomar o gol. A partir do momento que sofremos, desequilibrou. Vamos reconhecer que o Palmeiras joga há três anos juntos, é campeão a todo momento, joga solto, leve, dois três erros não geram impacto. A gente não. Até o gol, competimos. Tomamos o gol, demos condições para o Palmeiras fazer o segundo e o terceiro.
Por que trocou Marcos Leonardo por Maicon perdendo o jogo?
O jogo tava 3 a 0, Lucas Pires não tinha mais condição de jogo. Fim do jogo, sem lateral-esquerdo, se eu coloco mais um atacante você acha que viraria o jogo? Momento era para não tomar mais gols, saber reconhecer. Não é uma questão de cultura, Santos é enorme, talvez o maior da história. Mas naquele momento eu tinha um jogador a menos. Não é apequenar, é saber reconhecer o momento. Temos que reconhecer que o momento não é bom, tem que correr mais que o jogo, marcar mais.