Paulo Turra quer reaproximação do Santos com a torcida e elogia time em empate pela Sul-Americana
Já eliminado, Peixe empatou com Blooming em 0 a 0
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Paulo Turra quer a torcida do Santos ao lado do time no decorrer da temporada. No empate com o Blooming, da Bolívia, nesta quinta-feira (29) as arquibancadas da Vila Belmiro tiveram pouco menos de três mil pessoas, que protestaram contra o time.
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Já eliminadas, as equipes se enfrentaram pela última rodada da fase de grupos da Sul-Americana.
- Estamos numa grande equipe e não vejo que a nossa torcida vai voltar e pressionar. Nos pressionamos porque queremos vencer, a nossa torcida será sempre aliada, ainda mais no alçapão na Vila. Nós temos que carregar a torcida com intensidade, vibração, jogando para frente. Um time que ataca, tem muita posse, é vertical e se defende bem, resgatando essa identidade. Estou aqui para isso e vamos resgatar. Falar é fácil? Eu falo porque, dentro do processo de trabalho que eu tenho, tenho convicção nisso aqui. Passo a passo, jogo a jogo, mas temos que formar união novamente e trazer a torcida para junto da gente. A torcida vai entender, vir e isso será determinante para continuarmos virando a chave. Viramos a chave quando cheguei e eu, junto com comissão e estafe, temos que saber que somos o Santos - afirmou, em coletiva de imprensa.
O Alvinegro está punido e não poderá ter torcida em seu estádio em mais alguns jogos, por determinação do STJD.
Ainda segundo Paulo Turra, que estreou no comando do Peixe, o time teve bom volume de jogo contra os bolivianos e o gol não saiu por detalhe.
- Tivemos um volume de jogo bastante bom, algumas oportunidades interessantes, chegando pelo lado e atacando o espaço, muitos cruzamentos, 70% de posse de bola. No primeiro tempo, principalmente, muito perde e pressiona como comportamento. Um grupo jovem, muito jovem, que foi bem e teve personalidade. Ensaiamos jogadas ensaiadas, muitas aconteceram e o gol não saiu por detalhe.
- Caímos de produção no segundo tempo, mas criamos, chegamos ao fundo. Conversamos com eles nos quatro treinos sobre alguns comportamentos, lado, fundo, área, cinturão, pressão pós-perda, ataque ao espaço… E procuraram fazer. Não vencemos, mas foi pouco tempo de trabalho e levamos os momentos bons - disse.
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Momento de pressão
- Eu, como treinador, tenho que me preocupar, sim. Falei com eles sobre aplicar comportamentos dentro da nossa ideia, com convicção. Trabalhando os comportamentos vamos recuperar a confiança. Não é estralar de dedos, mas falei na apresentação que é um estado de emergência pela colocação no Campeonato Brasileiro. Colocar os jovens hoje é justamente para observá-los e colocar eles nessa situação. Estamos no Santos, é um preço que se paga por estar em um grande clube. Se não ganhar, pressão existe. Tenho que ter equilíbrio, sensatez.
Vestiário mais forte
- Estamos em um processo de o Santos estar nessa situação, porém, temos que encarar de frente, não fugir da responsabilidade. Temos ainda muito campeonato pela frente, mas emergência. Dentro da minha convicção e ideias, em quatro dias… Tirando o resultado, estou contente com o aproveitamento que tiveram. Eles sabem o que nós pedimos, falamos e treinamos. Não aconteceu a vitória, mas tenho que ter equilíbrio de cobrar, apoiar e montar o próximo jogo. O próximo jogo, sim, é a nossa decisão. Não estou para espanar, falar loucuras. Pedi intensidade, competição, ebulição e vibração no vestiário. Quem esteve presente viu que o nosso vestiário está muito forte. O caminho está aí e vai acontecer.
Clima quando assumiu
- Não foi um vestiário alegre, lógico. Não estava alegre por toda a situação que acabou de falar. Como estou chegando aqui, não posso espanar e não é meu perfil de fazer loucura, sair gritando. Cada um tem o seu perfil. Quando aceitei o desafio, sabia da situação do Santos. Somos todos profissionais. Boa parte é pai de família, responsável. Temos que ter equilíbrio… Empatar em casa, se despedindo da competição, uma série de coisas. Eu preciso ver o todo. E esse todo, que foi melancólico, não chego a dizer que foi melancólico.
O lado psicológico conta muito por todo o contexto, mas eu preciso me preocupar com o lado emocional e parte tática e técnica. É emergência, mas se eu começar a fazer loucura, eu espano os caras, perdemos o controle. Com equilíbrio e sensatez, acreditando nos processos, a gente vai dar o primeiro passo. Quando dermos o primeiro passo, daremos o segundo.
Lucas Lima perdeu pênalti...
- Lucas Lima é um jogador que conheço ele do Palmeiras. Se pegar GPS, é um dos que mais correm. Conversei com ele sobre correr certo, não vai correr para pegar a bola o tempo todo, vai correr certo com e sem bola. Vou dar o caminho. Se ele seguir, pronto. Se não, tomarei minhas decisões. Ele tem intensidade, mas tem que ser coordenada e orientando, dando o caminho com e sem bola.
Jogo contra o Cuiabá no próximo domingo (2), fora de casa, pelo Brasileirão
- Lógico que é jogo importantíssimo, nossa Copa do Mundo. Temos uma base de equipe, pelo que conheço do Santos e vi no último jogo do Campeonato Brasileiro e hoje, preparo a equipe do Cuiabá. A equipe do último jogo do Brasileiro fez trabalhos táticos no segundo dia pós-jogo, já visando. E dentro do que eu vi hoje, alguns jogadores podem ter oportunidade. Vamos analisar, trabalhar taticamente, já soubemos o que vem do outro lado. Em termos de ideias de jogo e vamos trabalhar em cima disso. Se preocupando com eles, mas muito mais conosco, com nosso estado físico, técnico, tático e psicológico. Não temos muito tempo, eles não jogaram agora, mas encaro com naturalidade. Jogo muito difícil, mas somos o Santos, com muita tradição. Temos que ultrapassar esse momento ruim, estamos vivendo um dos maiores mantos do futebol mundial e temos que fazer isso valer.
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