Peixe termina o ano sem vaga na Libertadores, mas podia ser pior
Apesar do baque de ser vice-campeão da Copa do Brasil e perder a vaga na competição internacional, time fecha ano melhor do que se pintava em janeiro: duas finais e um título<br>
Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, foi até ironizado ao dizer, no mês de janeiro, que estava em um “time para ser campeão”. Naquele momento, o Peixe havia perdido 14 jogadores que terminaram a temporada anterior e precisava de uma reformulação intensa por causa do desmanche decorrido da crise financeira. O Santos devia salários, tinha elenco enfraquecido e poucos nomes de destaque. Quem diria que este mesmo elenco chegaria à duas finais na temporada?
Apesar do baque de terminar 2015 fora do G4 do Brasileirão e com o vice da Copa do Brasil, a impressão geral é de que o ano podia ser bem pior no Alvinegro.
Para começar, o Santos demitiu o técnico escolhido para iniciar 2015 logo em março. Sem Enderson Moreira, o auxiliar Marcelo Fernandes foi efetivado e alcançou o título paulista no maior estilo “contra tudo e contra todos”. Só isso já era surpreendente em uma temporada fadada ao fracasso. Mas no Brasileirão o Peixe começou a desandar sob o comando do ex-auxiliar, e a goleada por 4 a 1 sofrida diante do Goiás foi suficiente para o clube apostar em Dorival Júnior, técnico da Copa do Brasil de 2010.
A reação empregada pelo comandante foi impecável, com aproveitamento de 70% dos pontos, desempenho que tirou o Santos da zona de rebaixamento e levou à final da Copa do Brasil. Nas últimas semanas, a equipe que beliscou o G4 perdeu essa condição, e chega à ultima rodada do Brasileirão já sem chances. Para piorar, o título da Copa do Brasil foi perdido para o Palmeiras, nos pênaltis.
E agora? Sem a vitrine da Libertadores, o Peixe sofrerá para manter seus principais craques, como Lucas Lima e Gabigol. Sem a grana da Libertadores, o planejamento financeiro será mais complicado. Mas no geral, poderia ser bem pior.