Peres tem reunião com aliados para ajustar defesa contra impeachment
Em São Paulo, presidente do Santos recebeu cinco advogados, entre eles Daniel Bykoff, ex-funcionário do clube, para tratar de alinhar e juntar documentos contra impedimento
O presidente José Carlos Peres articula sua defesa contra dois pedidos de impeachment no Santos. Na tarde da última segunda-feira, o dirigente esteve reunido com cinco advogados no escritório do Peixe em São Paulo para tratar do tema e alinhar os detalhes finais do que será apresentado à Comissão de Inquérito e Sindicância do clube - uma parte já foi entregue, mas a defesa poderá ser complementada. Dentre os advogados esteve Daniel Bykoff, apontado como braço direito de Peres.
Encerrado o prazo do dirigente para entregar a defesa à CIS, a Comissão terá outros setes dias para produzir um relatório e entregar à presidência do Conselho Deliberativo, hoje cargo ocupado por Marcelo Teixeira.
Bykoff trabalhou no jurídico do clube no começo da gestão do atual presidente, mas, por pressão externa e por ser apontado como braço direito do dirigente, acabou desligado de suas funções recentemente. Mesmo assim, segue próximo ao mandatário e é conselheiro do Santos.
Peres está tranquilo quanto aos pedidos de impeachment que correm nos bastidores do clube. O dirigente acredita estar diante de situações de revanchismo eleitoral e acredita ter mexido em áreas do clube que deixaram opositores insatisfeitos. Segundo ele mesmo garante, existem documentos e provas consistentes de que as duas empresas das quais é sócio não praticam nenhum tipo de atividade que vá contra o Estatuto Social do Santos.
Há alguns meses, Marcelo Teixeira não deu prosseguimento a um primeiro pedido de impeachment de Peres, considerando o mesmo sem embasamento. Depois disso, outros dois vieram. Um, inclusive, com 100 assinaturas. Ambos tratam da Saga Talent e da Peres Sports & Marketing. O dirigente é acusado de agenciar jogadores, algo que o impediria de presidir o Alvinegro.
O relatório do Conselho Fiscal do clube também é usado pelos opositores como argumento para pedir o impedimento do presidente. Nele constam irregularidades.