Quantas vezes o Santos foi campeão brasileiro? Quando foi a última vez?

A inesquecível campanha vitoriosa do Santos no Brasileirão de 2004, conquista marcada pelos vários episódios superados pela equipe santista desde o início do campeonato, como os erros de arbitragem, que se somaram no decorrer da competição, a punição rigorosa do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que obrigou o Peixe jogar longe da Vila Belmiro durante parte do campeonato. Após conquistar o título brasileiro de 2022 depois de 34 anos, o Santos conseguiu mais um título na “Era Moderna”, este, o primeiro no sistema de Pontos Corridos. Com três pontos de vantagem para o Athletico-PR, o Peixe foi campeão com um ataque magnífico, autor de 103 gols nas 46 partidas disputadas.

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Com 89 pontos ganhos e 27 vitórias, o Peixe superou punições extracampo, falhas da arbitragem que o prejudicaram no decorrer da competição. Uma conquista que ficará para sempre reconhecida pela raça e resiliência da equipe, que mesmo após 46 dramáticos capítulos, teve um final feliz para a apaixonada Nação Santista. 

Campanha
46 jogos (27 vitórias, 8 empates e 11 derrotas)
103 gols marcados
58 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Santos 2 x 1 Vasco
Campeonato Brasileiro - 46ª rodada
Data: 19/12/2004
Local: Estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto-SP
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)
Público: 36.426 pessoas

Santos: Mauro; Paulo César, Ávalos, Leonardo e Léo; Fabinho, Preto Casagrande, Ricardinho e Elano (Marcinho); Robinho (Basílio) e Deivid (William). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Vasco: Everton; Henrique, Fabiano (Gomes) e Daniel; Claudemir, Ygor, Coutinho, Júnior (Rubens), Rodrigo Souto (Rafael) e Diego; Marco Brito. Técnico: Joel Santana

O Lance! te convida a viajar pelos outros sete Brasileiros vencidos pelo Peixe, e nele, tem cada campanha vencida com o Rei Pelé, confira:

CAMPEONATO BRASILEIRO - 1961 (TAÇA BRASIL)

A primeira edição do Campeonato Brasileiro, conhecido como Taça Brasil, ocorreu em 1959. No entanto, o Santos só conseguiu o primeiro título dois anos depois. Em 1961, o Peixe entrou como campeão paulista de 1960 e se juntou a outros 17 campeões estaduais. Disputada em três fases, todas eliminatórias, o Santos encarou o Bahia na final, e após empate por 1 a 1 no primeiro jogo, fez 5 a 1 na partida decisiva e ficou com o primeiro título nacional.

Campanha
5 jogos (3 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
18 gols marcados
6 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Santos 5 x 1 Bahia
Campeonato Brasileiro - Final (2º jogo)
Data: 27/12/1960
Local: Vila Belmiro, Santos-SP
Árbitro: Baymonilso Lisboa
Público: 18.672 pessoas

Santos: Laércio (Silas); Lima, Mauro (Olavo) e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Tite, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula

Bahia: Naldinho; Hélio, Henrique e Florisvaldo; Pinguelo (Antonio) e Vicente; Nilsinho, Alencar, Didico, Mário e Marito. Técnico: Armando Simões.

CAMPEONATO BRASILEIRO 1962 - (TAÇA BRASIL)

No primeiro jogo da decisão, o Santos tinha vencido, no Pacaembu, por 4 a 3. Depois perdera no Maracanã por 3 a 1, no domingo, diante de 102.260 torcedores que estabeleceram o recorde de arrecadação no Brasil, com mais de Cr$ 37 milhões, e naquela terça-feira à noite, apenas dois dias depois da derrota, tinha de reunir os cacos para a partida desempate. No dia 02/04/1963, a imprensa dava o amplo favoritismo ao Botafogo, mas ficou boquiaberta ao presenciar um fantástico 5 a 0 para a equipe do Rei e de seus súditos, naquele que, na época, foi denominado como o "Maior jogo do Mundo", vitória de Pelé e companhia, e vaga garantida para a Libertadores de 1963.

Campanha
5 jogos (03 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
15 gols marcados
7 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Botafogo 0 x 5 Santos
Campeonato Brasileiro - Final (3º jogo)
Data: 02/04/1963
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Público: 70.324 pessoas

Botafogo: Manga; Rildo (Joel), Zé Maria, Nilton Santos (Jadir) e Ivan; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.

Santos: Gilmar; Lima, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Mengálvio; Dorval, Coutinho (Tite), Pelé e Pepe. Técnico: Lula

CAMPEONATO BRASILEIRO 1963 - (TAÇA BRASIL)

Nesta quinta edição da Taça Brasil, o Peixe foi campeão invicto. Nos quatro jogos que disputou, não deu a mínima chance para os rivais, e sagrou-se campeão pela terceira vez consecutiva, após vencer os dois jogos da final contra o Bahia, repetindo as finais de 1959 e 1961. Dividido em Zona Norte (Taça Norte) e Zona Sul, esta edição contou com a participação de vinte campeões estaduais, sendo que os campeões dos estados de São Paulo e da Guanabara já entravam na fase final. O Peixe então tirou o Grêmio na semifinal, e derrotou o Bahia na decisão com duas vitórias, por 6 a 0 e 2 a 0.

Campanha
4 jogos (4 vitórias)
15 gols marcados
4 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Bahia 0 x 2 Santos
Campeonato Brasileiro - Final (2º jogo)
Data: 28/01/1964
Local: Estádio da Fonte Nova, Salvador-BA
Árbitro: Armando Marques
Público: 35.365 pessoas

Bahia: Nadinho; Hélio, Henrique, Roberto e Russo (Ivan); Nilsinho e Mário; Miro, Vevé, Hamilton e Biriba. Técnico: Negreiros

Santos: Gilmar; Ismael, Mauro e Geraldino; Haroldo (Joel) e Lima; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula

CAMPEONATO BRASILEIRO - 1964 (TAÇA BRASIL)

O Santos sagrou-se campeão pela quarta vez consecutiva, após vencer a final contra o Flamengo. Esta edição da Taça Brasil, contou com a participação de vinte e dois clubes, e como nas edições anteriores, os campeões dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro já entravam na fase final. Dividido em Norte e Sul, o Santos participou de seis jogos e venceu cinco deles. Foi uma campanha incrível, para sacramentar mais uma taça nessa época dourada da equipe paulista.

Campanha
6 jogos (5 vitórias e 1 empate)
20 gols marcados
5 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Flamengo 0 x 0 Santos
Campeonato Brasileiro - Final (2º jogo)
Data: 19/12/1964
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Armando Marques
Público: 52.508 pessoas

Flamengo: Marcos Aurélio; Murilo, Ditão e Ananias; Paulo Henrique e Carlinhos; Evaristo, Amauri, Airton (Berico), Paulo Alves e Carlos Alberto. Técnico: Flávio Costa

Santos: Gilmar; Modesto e Geraldino; Ismael, Haroldo e Zito; Toninho (Lima), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula

CAMPEONATO BRASILEIRO - 1965 (TAÇA BRASIL)

Nesta edição da Taça Brasil, contou com a participação de 22 clubes, quase todos campeões estaduais. O único vice que entrou, foi o Palmeiras, visto que o Paulistão havia sido conquistado pelo Santos, que já tinha sua vaga garantida no nacional. Vitória, Campeão do Norte-Nordeste e Grêmio, Campeão do Centro-Sul, se uniram a Fortaleza e Palmeiras para a disputa de um mata-mata, onde os vencedores iriam encarar Santos e Vasco, que já estavam classificados diretamente à semifinal. O Santos então eliminou o rival Palmeiras na semifinal e na decisão, foram duas vitórias diante do Vasco, sendo uma delas por 5 a 1.

Campanha
4 jogos (3 vitórias e 1 empate)
11 gols marcados
4 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Vasco 0 x 1 Santos
Campeonato Brasileiro - Final (2º jogo)
Data: 08/12/1965
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Armando Marques
Público: 38.788 pessoas

Vasco: Gainete; Joel, Caxias e Oldair; Maranhão e Ananias; Mário (Luisinho), Nivaldo Lima, Célio, Danilo e Zezinho. Técnico: Zezé Moreira

Santos: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro e Geraldino; Lima e Orlando; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (Abel). Técnico: Lula

CAMPEONATO BRASILEIRO - 1968 (TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA)

Com a mudança de nome, antes Taça Brasil, agora Taça de Prata, ou Roberto Gomes Pedrosa, esta foi a 11ª edição do Campeonato Brasileiro. Com um formato diferente, 17 equipes participaram, dividas em dois grupos, um com 7 e outro com oito times. Na primeira fase os participantes jogaram todos contra todos, em turno único. Classificaram-se os dois primeiros de cada grupo para a fase final, onde os quatro clubes classificados jogaram todos contra todos, em turno único. O clube com maior número de pontos nesta fase foi o campeão. Neste caso foi o Santos, que ficou com a liderança do quadrangular que ainda tinha Internacional, Vasco e Palmeiras.

Campanha
19 jogos (12 vitórias, 4 empates e 3 derrotas)
44 gols marcados
20 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Vasco 1 x 2 Santos
Campeonato Brasileiro - 1968
Data: 10/12/1968
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Arnaldo Cézar Coelho
Público: 54.994 pessoas

Vasco: Valdir; Ferriera, Brito, Moacir (Fernando) e Eberval; Alcir e Benetti; Naldo, Valfrido, Bianchini e Danilo Menezes (Adilson). Técnico: Paulinho de Almeida

Santos: Claudio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Mario e Rildo; Clodoaldo e Lima; Edu, Toninho (Douglas), Pelé e Abel (Laércio) Técnico: Antoninho

CAMPEONATO BRASILEIRO - 2002

Após longos 34 anos, o Santos conquistou mais um título do Campeonato Brasileiro de Futebol. Vale lembrar que esta foi a última edição disputada antes da adoção do sistema de pontos corridos. Na decisão, o alvinegro praiano derrubou o rival Corinthians na grande final, disputada no Estádio do Morumbi. Recheado de jovens jogadores, o Santos classificou-se em oitavo lugar na primeira fase, e enfrentou o São Paulo nas quartas de final, onde venceu as duas partidas (3 a 1 e 2 a 1) e avançou à semifinal para encarar e eliminar o Grêmio. Na decisão, enfrentou o Corinthians e foi campeão com dois triunfos (2 a 0 e 3 a 2) e ainda teve um lance que ficou cravado na história da competição: as pedaladas de Robinho em cima de Rogério.

Campanha
31 jogos (17 vitórias, 8 empates e 6 derrotas)
59 gols marcados
41 gols sofridos

JOGO DECISIVO
Corinthians 2 x 3 Santos
Campeonato Brasileiro - Final (2º jogo)
Data: 15/12/2002
Local: Estádio do Morumbi, São Paulo-SP
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS)
Público: 74.586 pessoas

Corinthians: Doni; Rogério, Anderson, Fábio Luciano e Kléber; Vampeta, Fabinho (Fabrício) e Renato (Marcinho); Gil, Deivid e Guilherme (Leandro). Técnico: Carlos Alberto Parreira

Santos: Fábio Costa; Maurinho, André Luís, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Robert, depois Michel); Robinho e William (Alexandre). Técnico: Emerson Leão

Estagiário sob supervisão de Vinícius Perazzini*