Saiba como encontram-se os adversários do Santos na volta do Paulistão
Ao LANCE!, treinadores de Santo André e Novorizontino disseram que houve prejuízo aos seus clubes durante paralisação do futebol em São Paulo
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Após quatro meses sem jogar, o Santos já tem a data de retorno aos gramados definida: dia 22 de julho, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista, contra o Santo André, em jogo ainda sem local definido, mas com o Peixe mandante.
O Alvinegro Praiano tem pela frente, no mínimo mais dois jogos pelo Paulistão, contra Santo André e Novorizontino, nas duas últimas rodadas da competição estadual. Ambos os oponentes somaram mais pontos que o Santos antes da paralisação do futebol de São Paulo, por conta da pandemia do novo coronavírus, mas foram prejudicados com o hiato por principalmente pelas perdas de peças importantes e a quebra de uma sequência positiva.
O LANCE! conversou com os treinadores dos dois times, Paulo Roberto Santos, do Ramalhão, e Roberto Fonseca, da equipe de Novo Horizonte.. Basta o Peixe vender um desses oponentes para garantir vaga nas quartas de final do Paulista.
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Santo André
Embora tenha sido o time sensação do Estado de São Paulo, até a quarentena, a equipe do ABC vinha de uma sequência ruim antes da suspensão do campeonato, com derrotas para Mirassol e Oeste, nos dois últimos jogos. Ainda assim, é o líder, tanto do Grupo B, quanto na classificação geral, com 19 pontos, mesmo número que o vice, Palmeiras, mas com uma vitória a mais.
O time perdeu quatro jogadores que tiveram contrato encerrados em junho: o goleiro Fernando Henrique, que foi para o Brasiliense, o zagueiro Luizão, que transferiu-se a Ponte Preta, o volante Dudu Vieira, com destino a Ferroviária, e o atacante Ronaldo, artilheiro do time, que partiu rumo ao Sport, o quarteto fazia parte da base considerada titular.
No entanto, a diretoria andreense movimentou-se e garantiu peças de reposição: o goleiro Ivan, vindo do Joinville, o zagueiro Willian Goiano, que estava no Crac, o volante Vitinho Schimith, do Resende, e o atacante Raphael Lucas, que estava no Anapolina, onde era o vice-artilheiro do Campeonato Goiano.
O Santo André também sofrerá com a desvantagem no tempo de treinamentos em relação aos rivais. Embora o combinado levantado pela Federação Paulista de Futebol aos clubes da Série A1 do Paulistão fossem todas as equipes voltarem às atividades com bola no mesmo dia, 1º de julho, os clubes foram autorizados a iniciarem testes físicos, clínicos e fisiológicos na semana anterior. Contudo, com o estádio Bruno José Daniel servindo como hospital de campanha para vítimas de COVID-19, o clube faz a intertemporada em Vargem, cidade do interior paulista que faz divisa com Minas Gerais. Sem a sua casa disponível, o Santo André deve mandar os seus jogos neste retorno no estádio do Canindé, que pertence a Portuguesa de Desportos.
– A paralisação foi muito ruim para todos, mas acho que o Santo André foi o mais prejudicado: pelo momento, perda de jogadores titulares, perda do estádio para mandar os jogos, tendo que deixar a cidade e fomos a última equipe a retornar aos treinamentos – disse Paulo Roberto Santos, treinador do Ramalhão, com exclusividade ao LANCE!.
Novorizontino
O Novorizontino é o único time invicto nesse Paulistão, com três vitórias e sete empate. É o sétimo colocado na classificação geral, uma posição à frente do Peixe, mas está fora da zona de classificação às quartas de final, já que os dois primeiros colocados do seu grupo, o B, são Santo André e Palmeiras, que dividem a liderança geral da competição – com o Ramalhão à frente do Alviverde no critério de desempate, por ter uma vitória a mais.
O Tigre não depende apenas de si para garantir sua classificação para o mata-mata do Estadual pelo quarto ano consecutivo e antes de encarar o Peixe, na última rodada da primeira fase, joga contra a Ponte Preta na retomada do Paulistão.
Durante a quarentena, o técnico Roberto Fonseca renovou o seu contrato com o Tigre até o fim do Paulistão. Ao L!,o treinador relatou as dificuldades da equipe do interior paulista por conta da paralisação do futebol, devido o surto mundial de COVID-19.
– Foi uma quebra significativa, nós vínhamos em um momento muito bom, momento de invencibilidade, de trabalho buscando uma classificação, fazendo um Paulistão realmente muito bom e tivemos uma quebra na nossa sequência. É claro que isso incomodou, mas foi um momento que todos nós passamos – disse Fonseca de forma exclusiva ao LANCE!.
Por outro lado, oito peças deixaram o clube, sendo quatro titulares: o lateral-direito Celsinho, o zagueiro Everton Sena e os atacantes Felipe Marques e Jeninson. Além deles, o goleiro Gustavo, o meia Higor Leite e os atacantes Thiago Ribeiro e Capixaba também não vestem mais a camisa novorizontina.
Para compensar as perdas, o clube promoveu alguns jogadores das categorias de base, mas também repôs com contratações, como o lateral-direito Willian Lepo, que estava no Bahia, e o atacante Douglas Baggio, que estava no Santo André, justamente o primeiro adversário santista pós-quarentena.
– Todas as mudanças são sempre significativas Eram jogadores que estavam jogando, mas estamos recolocando as peças que saíram. Mas nós tivemos a manutenção de uma boa fase e isso faz com que a gente pense em um término de Paulistão bom, honrando as tradições dos anos anteriores que o Novorizontino tem feito boas campanhas– comentou o técnico.
Assim como Santos e Santo André, o confronto entre Novorizontino e Santos não possui local definido, já que a cidade de Novo Horizonte, bem como a Baixada Santista, não está na “zona amarela” do Plano São Paulo e, portanto, até o momento está impossibilitada de receber eventos esportivos.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini
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