Bastidores: Santos pagou multa para demitir Paulo Turra, mas não recebeu a indenização pela saída de Falcão
Diretoria lidou com 'alívio' o pedido de saída do ex-coordenador esportivo e abriu mão de receber R$ 1,25 milhão previsto em contrato
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Paulo Roberto Falcão foi o primeiro 'homem forte' do futebol do Santos durante a gestão do atual presidente Andres Rueda, que tinha multa rescisória em seu contrato. No entanto, esse valor não foi cobrado quando o dirigente pediu demissão do clube alvinegro na última quinta-feira (3). Porém, o clube alvinegro precisou pagar essa indenização para formalizar a saída do técnico Paulo Turra três dias depois.
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Para a diretoria santista, a saída do agora ex-coordenador esportivo foi uma espécie de 'alívio' diante da pressão sofrida por conta da presença dele no cargo. E essa sensação se tornou ainda maior frente à acusação de importunação sexual recebida por Falcão por parte de uma funcionária do apart hotel onde ele morava desde que havia sido contratado pelo Peixe, no fim do ano passado.
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Ainda que no comunicado sobre o pedido de demissão Paulo Roberto Falcão não tivesse ligado a atitude de saída à denúncia recebida, os fatos aconteceram no mesmo dia. Segundo o ex-dirigente santista, a decisão de deixar o clube alvinegro foi para preservar a imagem da instituição em meio aos protestos da torcida por conta do mau desempenho do time em campo. No entanto, essas manifestações contrárias ao profissional já aconteciam há, pelo menos, dois meses.
Assim, o Santos deixou de receber R$ 1,25 milhão na saída do coordenador. O valor corresponde aos salários dele somados até o fim do contrato, que se encerraria em dezembro.
A prática da atual diretoria santista em formalizar vínculos com multas rescisórias começou justamente com Falcão e o primeiro treinador escolhido pelo então coordenador esportivo, que foi Odair Hellmann. Até então, a diretoria santista fazia contratos no formato CLT, tanto com os profissionais de coordenação quanto com os técnicos.
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A mudança de postura foi uma mistura de confiança no departamento de futebol formado para esta temporada e tentativa de resguardar-se diante de episódios como as contratações de Newton Drummond, o Chumbinho, e o técnico Lisca, no fim do ano passado, que ficaram pouco tempo no clube e saíram após divergências internas.
Mas, se por um lado o Santos abriu mão da multa a que tinha direito de receber em relação a Falcão, o clube arcou com as responsabilidades de Paulo Turra, demitido do comando técnico santista no último domingo (6). O contrato com o profissional previa o pagamento do valor de três salários, o que corresponde a uma quantia entre R$ 1 e 1,25 milhão. Justamente o que foi 'perdoado' em relação a Falcão.
Com Odair Hellmann, que dirigiu a equipe até junho, também foi paga uma indenização pela demissão. Nesse caso, estava prevista a quitação dos salários até o fim do contrato, que terminava em dezembro, o que, somado a alguns encargos, corresponderia a aproximadamente R$ 4 milhões. As partes entraram em acordo para que o Santos conseguisse pagar uma quantia um pouco menor.
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