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Supremacia do Grêmio escancara problemas do Santos na temporada

Em constante 'gangorra' em 2018, oscilando entre boas e péssimas apresentações, Peixe sente a falta de articuladores, depende de lampejos de Rodrygo e tem postura questionável

Grêmio x Santos
imagem cameraDiante de um Grêmio organizado, Santos foi mero espectador em Porto Alegre (Foto: Jeferson Guareze/AGIF)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/05/2018
23:17
Atualizado em 08/05/2018
06:00

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A goleada sofrida diante do Grêmio, por 5 a 1, em Porto Alegre, escancarou os problemas do Santos nesta temporada. Em constante oscilação, variando entre boas e péssimas apresentações ao longo do ano, o Alvinegro mostrou sua faceta mais fraca diante de um rival supremo tática e tecnicamente em sua casa. Colocar a culpa dos pequenos fracassos na ausência de um camisa 10 é muito pouco para um time que pode - e precisa - apresentar bem mais. 

O meio-campo e a falta de articuladores
A julgar pela apresentação de gala de Maicon e Arthur no meio-campo do Grêmio, fica claro que o problema do Santos não é só a falta de um armador para ser o titular absoluto. Faltam no time articuladores, tenham eles a alcunha que for. Os volantes gremistas são justamente os elos entre a defesa e o ataque do Tricolor, algo que falta ao Alvinegro.

Não há criatividade no setor e muito menos o encaixe entre os blocos do time, incumbência que pode ser sim cumprida por outros que não o armador da equipe - é possível fazer a equipe criar com jogadores vindos de trás. No Grêmio, os volantes se movimentam, rodam a bola, trocam passes em profundidade, marcam e aparecem para o jogo. No Santos, limitam-se a cumprir função defensiva, jogando sempre atrás da linha da bola e pensando pouco o jogo ofensivo. 

Fragilidade tática e psicológica: postura é problema 
A postura do Santos é outro problema - e em duas vertentes diferentes. Taticamente, fechar o time atrás e apostar nos contra-ataques não surtirá o efeito desejado na maioria dos jogos, principalmente diante de rivais tão bem estruturados como o Grêmio. Além disso, deixar de propor o jogo irrita a torcida alvinegra, sedenta pelo famigerado DNA ofensivo do Peixe - na goleada, o clube gaúcho teve 68% de posse de bola. 

Discutir aos berros em campo entre si e falar em "ajudinha da arbitragem" após sofrer cinco gols também em nada colabora para uma evolução. Pelo contrário. Apenas mostra falta de controle emocional e falta de auto-análise individual. Os brigões Vanderlei e Alison, embora unanimidades no time, longe estiveram de fazer boa partida. David Braz, reclamão do juiz, também pouco entregou.

Migalhas, lampejos de Rodrygo e 'sofrimento' de Gabigol
Enquanto o Grêmio escancarava seu ótimo futebol, com um ataque leve e preciso, boa troca de passes e jogadas coletivas, o Santos, passivo, assistia sem reação e, pior, com a bola nos pés fazia menos ainda. Os lampejos de Rodrygo, sempre muito marcado, foram os únicos suspiros de esperança da partida. O problema é que o garoto de 17 anos já anda visado pelos rivais e terá cada vez mais dificuldade para carregar a bola da intermediária ao ataque. 

Isolar Gabigol na função de centroavante prova-se a cada jogo um desperdício. Se no Grêmio jogadas são construídas para ajudar o pivô André, autor de um dos gols, o camisa 10 do Peixe sofre com a falta de oportunidade. Se não busca a bola fora da área, passa o jogo sem tocá-la. Não adianta dizer que o centroavante tem de esperar pela "jogada única" para fazer o gol se a mesma nunca acontece. 

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