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Torcida do Santos se une antes de jogo decisivo na Vila

Torcedores se dividem entre a apreensão na Série B e a esperança pelo acesso

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imagem cameraTorcida do Santos na Vila Belmiro
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Thiago Braga
São Paulo
Dia 23/09/2024
19:59
Atualizado em 23/09/2024
20:21

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Nesta segunda-feira, o coração da Baixada Santista se agita, pulsando em ritmo frenético de expectativas. O Santos, vice-líder da Série B, se prepara para o duelo decisivo contra o Novorizontino, confronto que pode não apenas definir a liderança da competição, mas também revigorar a esperança de uma torcida ávida por glórias. No ar, a vibração é palpável, ecoando pelas ruas e espalhando um sentimento de pertencimento.

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Em frente ao salão de mármore da Vila Belmiro, a tradicional honraria ao maior ídolo do clube, Pelé, é ampliada por um clima de celebração. Uma multidão de torcedores, reunidos em um misto de expectativa e nostalgia, vibra ao som de Charlie Brown Jr., a emblemática banda santista que, como poucas, soube traduzir a essência do clube em suas letras e melodias. Cada acorde ressoa profundamente, unindo gerações e lembrando a todos que a história do Santos é composta não apenas por conquistas, mas por uma rica tapeçaria de emoções que transcendem o esporte.

- Meu nome é Paony Santana Santos - diz o torcedor santista, com um sorriso que reflete a paixão pelo clube.

Aos 35 anos, Paony é corretor de seguros e, simultaneamente, presidente da Embaixada do Santos em São Paulo.

- É um trabalho voluntário, em que não há recurso, não há pagamento, e que visa somente ao Santos Futebol Clube. Estamos aqui para elevar o nome do clube a qualquer ponto, o mais alto possível - garante.

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As palavras de Paony transbordam amor e dedicação, enquanto ele descreve as ações sociais, as caravanas e os encontros em botecos santistas que fortalecem a conexão entre o clube e seus torcedores.

A Embaixada, segundo ele, é um projeto robusto. Com isenção de tarifas, as réplicas de troféus são um ponto central, atraindo torcedores de todas as idades que, sob a sombra do Portão 10, esperam para eternizar um momento:

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- Por jogo, passam por volta de 200 a 300 pessoas. Já chegou a ter mais de mil na final do Campeonato Paulista. É uma alegria ver todos juntos, independente do time que torcem.

Paony não esconde a apreensão que paira sobre o clube, que este ano disputa pela primeira vez a Série B.

- É, não é uma situação muito feliz, mas com certeza passageira. É importante que todos nós, como torcedores, entendamos o momento e façamos a nossa parte - reconhece o torcedor.

Quando perguntado sobre se prefere ser campeão ou apenas garantir o acesso para a Série A, Paony ativa o modo super sincero:

- Eu prefiro que o Santos queime a taça no meio do campo da Vila Belmiro, mostrando que é um momento que nunca mais deve existir.

As palavras reverberam como um grito de guerra, ecoando o que muitos sentem: a devoção que vai além das vitórias e dos troféus. É uma busca pela identidade de um clube que, apesar das adversidades, permanece um marco na história do futebol brasileiro.

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