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Primeiro título do Santos no centenário completa oito anos; personagens relembram a conquista

LANCE! conversou exclusivamente com Edu Dracena, Léo, Arouca e Muricy Ramalho, presentes no vitória sobre o Guarani, em 2012, que deu o tricampeonato Paulista ao Peixe

Santos - Paulista - 2012
imagem cameraTri do Paulista, em 2012, foi o último Estadual vencido na "Era Neymar" (Foto: Fernando Roberto/Lancepress)
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Lance!
Santos (SP)
Dia 12/05/2020
17:15
Atualizado em 13/05/2020
12:17

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Nesta quarta-feira, o Santos completa oito anos do tricampeonato paulista, conquistado em 2012. Além da importância do feito, que não acontecia desde 1969, na “Era Pelé”, o título foi o primeiro conquistado pelo clube no ano do seu centenário – além desse, o Peixe também venceu a Recopa Sul-Americana naquela temporada.

O time que ainda tinha Neymar, cada vez mais assumindo a liderança técnica daquela equipe, contava com Elano, que havia retornado ao clube no ano anterior. Além de nomes como Alan Kardec, decisivo no jogo do título.

Assim como na conquista da Libertadores, no ano anterior, o comando seguia com o técnico Muricy Ramalho e o capitão era o zagueiro Edu Dracena.

– É muito importante você conquistar títulos, ainda mas no centenário de um clube. É gratificante. Entrei para a galeria especial do clube. É fundamental para um tecnico trabalhar em um grande clube, como o Santos e ser campeão em um ano tão importante – disse Muricy em conversa exclusiva com o LANCE!.

– O Santos foi uma das passagens mais bonitas da minha carreira. Foram seis títulos, ao todo, incluindo o troféu da Libertadores, que tive a honra de erguer, em 2011, e o tri paulista de 2012, que não se repetia desde 1969, quando o próprio Santos de Pelé havia conquistado pela última vez. Então você pode imaginar que a sensação foi indescritível – comentou Edu, também com exclusividade ao L!.

Campanha

O Santos chegou ao Paulistão de 2012, com a patente de ser bicampeão estadual e atual vencedor da Libertadores, mas sob o recente trauma de ser goleado pelo Barcelona, por 4 a 0, na decisão do Mundial de Clubes, em dezembro do ano anterior. Além da pressão pela conquista no centenário, que dava uma importância ainda maior para que o Peixe vencesse aquele Estadual.

– A cobrança no ano do centenário sempre vai existir para qualquer clube e no Santos não poderia ser diferente, então a gente pôde dar esse presente para o torcedor – afirmou Léo, lateral-esquerdo naquela conquista, em contato exclusivo com o L!.

A base do time era semelhante à do segundo semestre do ano anterior e a equipe fez uma primeira fase regular, terminando na terceira colocação, uma acima da temporada anterior, quando conquistou o bicampeonato, mas com uma derrota a mais. O Peixe perdeu quatro partidas da primeira fase, sendo dois clássicos, para Palmeiras e São Paulo, vencendo apenas o Corinthians. Além dos dois rivais, o Alvinegro Praiano foi derrotado por Mogi Mirim e São Caetano.

Na semifinal, o elenco santista reencontrou-se com o Tricolor do Morumbi, assim como na mesma fase nos dois anos anteriores, onde o Peixe sagrou-se campeão paulista, e devolveu a derrota da 14ª rodada, no mesmo estádio do Morumbi, um mês e 11 dias depois, com três gols de Neymar e vitória por 3 a 1.

Decisão

O Peixe encarou o Guarani na decisão. O time de Campinas havia terminado a primeira fase na quarta colocação e eliminado a arquirrival, Ponte Preta, na semifinal.

A equipe comandada por Vadão tinha nomes como Domingos, zagueiro com passagem marcante pelo Santos entre 2005 e 2009, e o lateral-direito Bruno Peres, que transferiu-se para o Alvinegro Praiano naquele ano e hoje atua na Roma-ITA.

– O Guarani tinha um grande time e alguns daqueles atletas, no futuro, inclusive foram jogar no Santos, como o Bruno Peres e o Neto – comentou Dracena.

Diferentemente das quartas e semifinais, a decisão foi disputada em duas partidas e a Federação Paulista de Futebol decidiu marcar ambas para o Morumbi, estádio do São Paulo, já os adversários daquela disputa não eram sediados na capital.

E se tivermos que resumir aquela decisão em apenas um nome, ele seria Neymar. Em seu terceiro ano como profissional, o jogador que já havia mostrado ao mundo o seu protagonismo liderando o Peixe ao tri da América, acabou com aquela final, marcando quatro gols em 180 minutos – se contarmos com as semis, foram sete tentos em três partidas.

– O Neymar, como qualquer jogador jovem, vai aprendendo e amadurecendo com o tempo. Cada técnico que vai passando na carreira dele vai colocando a sua experiência e ele vai ficando mais maduro, e foi isso que aconteceu – comentou Muricy.

No confronto de ida, vitória por 3 a 0. Paulo Henrique Ganso marcou o primeiro e Neymar os outros dois.

No jogo de volta, quatro gols em apenas 16 minutos. Alan Kardec fez o primeiro no primeiro giro do cronômetro. Fabinho empatou aos quatro, para o Guarani, Neymar, cobrando pênalti, recolocou o Santos à frente do placar ao 8 minutos. Bruno Mendes empatou para a equipe campineira aos 16.

– Uma equipe que vinha muito forte e jogando um futebol muito envolvente. Jogo forte, de pressão alta – disse Léo.

O Bugre precisava de quatro gols em 45 minutos, mas viu o Neymar e Kardec marcar mais um gol cada e dar números finais.

– E em 2012, foram dois jogos no Morumbi contra o time que me revelou para o futebol no ano do centenário do Santos. Os placares de 3 a 0 e 4 a 2, talvez não demonstrem a dificuldade que foi – pontua o capitão da conquista.

Título no centenário, tricampeonato após 42 anos e, além disso, um dos últimos atos de genialidade do “Menino Ney”, que, aos 20 anos, à época, via a maioridade bater à porta e no ano seguinte migrou para a Catalunha findando uma era no Peixe batizada com o seu nome.

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