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Adaptação e treinos nas férias: Pato e Hernanes buscam renascer em 2020

Jogadores são elogiados internamente pela maneira como lidaram com a reserva, mas Tricolor espera melhora física de Hernanes e mais foco de Alexandre Pato

Alexandre Pato e Hernanes
imagem cameraHernanes e Pato terminaram o ano esquecidos no São Paulo (Foto: Rubens Chiri/São Paulo)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 09/12/2019
16:47
Atualizado em 10/12/2019
10:00

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Hernanes e Alexandre Pato publicaram mensagens em suas redes sociais nessa segunda-feira falando em ter um 2020 melhor do que foi 2019. É o que o São Paulo espera dos dois, que chegaram como astros e terminaram o ano esquecidos no banco de reservas.

A temporada de Pato "acabou" na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no Morumbi, em 7 de novembro, partida em que ele entrou no intervalo. Depois disso, ficou seis jogos no banco e nem foi relacionado para pegar o CSA na rodada final do Brasileirão - assim como a maioria do elenco principal. O camisa 7 fechou o ano com cinco gols em 22 jogos.

Já Hernanes jogou pela última vez em 10 de novembro, quando foi acionado por Fernando Diniz nos cinco minutos finais da derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR no Morumbi. O Profeta ficou no banco nas cinco partidas seguintes e também não viajou para o duelo com o CSA. Foram 39 jogos e cinco gols dele em 2019.

Diniz foi questionado repetidas vezes sobre a dupla e elaborou uma espécie de resposta-padrão: sempre elogia o comportamento e a dedicação dos atletas, mas diz que eles não estão rendendo o suficiente para integrarem a equipe titular. O técnico foi um pouco mais duro depois da derrota por 3 a 0 para o Grêmio, quando preferiu colocar os jovens Helinho e Gabriel Sara no segundo tempo. Na ocasião, lembrou que Hernanes e Pato entraram no intervalo contra o Flu, também com um placar bem adverso, e pouco fizeram.

Outras pessoas do clube fazem elogios à maneira como os dois reagiram à reserva, mantendo bom relacionamento com os companheiros e com a comissão técnica. Hernanes, por sinal, manteve-se com voz ativa no vestiário e fez discursos na tradicional roda dos jogadores mesmo participando muito pouco das partidas. No São Paulo, é consenso que o principal problema do meio-campista de 34 anos nesta temporada foi físico.

O Profeta teve três lesões musculares ao longo do ano, além de outros incômodos que o tiraram de jogos e treinos. Isso o acompanha desde a pré-temporada: ele chegou ao Tricolor já se colocando à disposição para disputar a Florida Cup e depois precisou ser preservado das rodadas iniciais do Paulistão devido ao alto risco de lesão. Acabou antecipando o retorno para poder jogar a fase preliminar da Libertadores, contra o Talleres, mas nunca conseguiu engrenar. O fato de ter passado a temporada anterior no futebol chinês, além da idade já mais avançada, é apontado como um dos fatores para isso. Ciente desse cenário, Hernanes vai treinar a parte física durante as férias para não perder condicionamento e voltar bem em janeiro.

Alexandre Pato também veio da China e teve uma lesão que o brecou em seu melhor momento - após a vitória por 3 a 2 sobre o Santos, em que marcou seus últimos dois gols em 2019, ainda em agosto -, mas internamente a maior cobrança em cima dele é sobre seu foco. Todos no clube sabem que faz parte do perfil do atacante de 30 anos não demonstrar muito incômodo com situações adversas, mas a avaliação é de que ele parecia mais motivado no início da atual trajetória pelo Morumbi do que nos últimos meses. O desafio é recuperar isso. Ele também deve treinar nas férias, algo que já costuma fazer.

No momento, os dois fazem parte do planejamento do São Paulo para 2020. Isso pode mudar se uma proposta bastante vantajosa aparecer, principalmente no caso de Pato, que tem um robusto aumento salarial previsto para o ano que vem. A ideia inicial do Tricolor era fechar um contrato de risco com ele, apenas até dezembro deste ano, mas a diretoria mudou os planos para não perder a disputa com o Palmeiras e acabou fechando em definitivo até dezembro de 2022. O Tricolor não acredita que terá a possibilidade de vender o atacante, já que ele retornou ao Brasil (e especificamente à capital) para ficar próximo da esposa Rebeca Abravanel.

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