Agora no Fla, Muricy espera noite especial no Morumbi por Ceni e Telê

Técnico comandará equipe de campeões mundiais de 1992 e 1993 ao lado de Renê Santana, filho de seu mentor no futebol, durante o jogo de despedida de Rogério Ceni

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Muricy Ramalho agora tem a tarefa de dirigir o clube mais popular do Brasil, o Flamengo. Mas nesta sexta-feira, o técnico poderá apreciar mais uma vez a relação construída com o São Paulo. Convidado especial de Rogério Ceni para o jogo de despedida do Mito, o treinador rubro-negro estará à frente do time formado por campeões mundiais de 1992 e 1993 para representar Telê Santana, de quem foi auxiliar, ao lado do filho do mentor, Renê.

- Com certeza (vai ser especial ouvir gritando o nome do Telê). Ele foi meu professor, me ensinou o que sei como técnico, como homem. A torcida do São Paulo sempre grita o nome do Telê, hoje não vai ser diferente. É legal ver a torcida assim, já gritando nosso nome desde a entrada do Morumbi. Isso ai é o reconhecimento do trabalho. Com certeza é algo que já estamos acostumados nas nossas vidas. Vim para participar da festa de um amigo, grande goleiro, e também para representar Telê, isso sim é uma grande responsabilidade, porque assim como o Rogério, ele era um grande Mito. - exaltou.

Muricy e Ceni trabalharam juntos até abril deste ano, quando o técnico deixou o São Paulo em meio a problemas de saúde e maus resultados. A história da dupla no Tricolor, no entanto, começou em 1994, quando o técnico ainda era auxiliar de Telê e comandou o futuro ídolo na conquista da Copa Conmebol. Depois, foi Muricy quem autorizou o goleiro a cobrar faltas nas partidas e pôde comemorar o primeiro gol da carreira do amigo, em 1997.

- Já no juniores, lá no começo, já era um líder para o pessoal da idade dele, então desde lá dava para ver que era um cara diferente. Não só o Telê foi importante para a carreira do Rogério, mas o Seu Valdir Joaquim de Moraes (preparador de goleiros), toda a comissão técnica... O Telê teve a coragem. E depois eu também tive que optar pela saída do Zetti em 1996. Na época a gente tinha que decidir porque se não poderíamos ter perdido o Rogério e não sei se ele seria o que é hoje se tivéssemos deixado ele ir. Mas não sou nada vaidoso, é muito pouco o que fiz. É tudo mérito dele, ele que trabalhou como trabalha até hoje - concluiu o tricampeão brasileiro pelo Tricolor.



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