ANÁLISE: Dorival reestreia no São Paulo com ‘fórmula do sucesso’ e ajustando a marcação do time
Treinador afirmou na apresentação que daria sequência ao trabalho de Rogério Ceni
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Em sua reestreia pelo São Paulo, Dorival Júnior não se omitiu em fazer mudanças na equipe, apesar de ter afirmado que daria sequência ao trabalho de Rogério Ceni. Ao invés disso, o técnico resgatou a fórmula de sucesso do Flamengo em 2022, que lhe garantiu os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores.
O novo comandante do Tricolor levou a campo um meio formado no 4-4-2 em losango: Luan era o primeiro volante, Pablo Maia jogava pelo lado direito e Rodrigo Nestor pelo lado esquerdo, enquanto Michel Araújo fazia o meia-atacante - ou ponta de lança - no sistema.
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Se a expectativa de analistas - e curiosos por tática - era por saber se Dorival apostaria em um ataque posicional ou com mais mobilidade, o técnico optou pela segunda opção. A ideia era aglomerar jogadores no setor da bola e trabalhar com toques curtos e movimentações constantes para tentar quebrar a marcação adversária.
Por ser início de trabalho, esperava-se que o time não tivesse tanta eficiência nestes movimentos - e de fato não teve. Mas a escolha de Dorival por essa forma de jogar, sem que ao menos conheça o elenco com a devida profundidade, passa a impressão que o técnico optou pela opção mais segura a curto prazo, a que lhe rendeu os títulos mais importantes da carreira.
No entanto, a estreia do treinador também deixa alguns alertas para o futuro, especialmente na defesa. Se sua intenção a curto prazo é emular o Flamengo de 2022, nem tudo naquele time era perfeito. As laterais, sempre expostas pelo desenho tático sem pontas, eram o ponto fraco do time - e o são-paulino mais atento já percebeu isso na vitória diante do América-MG.
É verdade que o técnico ajustou o posicionamento de seus jogadores logo no início do segundo tempo, formando um 4-4-2 em linha, e colocando Pablo Maia para proteger o lado direito do campo e Michel Araújo o lado esquerdo, como 'auxiliares de lateral'. Ainda assim, o Coelho finalizou 22 vezes contra a meta Tricolor, sempre chegando por um lado do campo e finalizando pelo outro, após cruzamento ou inversão. O goleiro Rafael foi, inegavelmente, o melhor em campo.
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Passada a expectativa da estreia, é hora de arregaçar as mangas. A partir de agora, Dorival deve conhecer melhor seu elenco e precisará definir se o resgate da 'fórmula do sucesso' do Flamengo é realmente a alternativa mais adequada para o novo trabalho, em um clube com cultura e exigências tão diferentes.
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