ANÁLISE: São Paulo conta com ‘sorte’ em vitória contra o Sport, mas ainda precisa melhorar sistema ofensivo
Tricolor paulista contou com a 'sorte' da expulsão e acerto com as substituições para conseguir vantagem para decisão pelas oitavas da Copa do Brasil, que deve acontecer no estádio do Morumbi
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A vitória do São Paulo por 2 a 0 contra o Sport - que aconteceu só porque Dorival Júnior pensou bem nas mudanças que faria no segundo tempo -, foi essencial para o Tricolor poder continuar respirando em paz, e invicto desde a chegada do técnico. Agora, o jogo de volta pelas oitavas de final da Copa do Brasil acontecerá no Morumbi no começo de junho e com uma vantagem boa de dois gols.
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Mas, ao assistir à partida desde o início, era difícil prever um resultado assim. Isso porque a postura do Tricolor no primeiro tempo deixou - e muito - a desejar. Não na defesa, que mais uma vez se consolidou e se manteve segura graças à boa atuação de Rafael e da dupla Beraldo e Arboleda, que se mostram cada vez mais como um 'sistema defensivo perfeito são-paulino', mas muito pela falta de criação e ofensividade.
Não que tantas oportunidades boas tenham sido criadas até então, uma vez que o São Paulo havia tido nove finalizações com somente duas certas (segundo dados dos FootStats), mas justamente porque estas chances foram desperdiçadas. Talvez por uma falta de agilidade e raciocínio? Pode ser. Isso foi mostrado, por exemplo, com Rodrigo Nestor, que junto a Michel Araujo, até tentava arriscar, mas sempre ficava 'no detalhe'.
O Sport acordou, tendo em vista essa falta de efetividade tricolor. Inclusive, lá para os 12 minutos de jogo, assustou quando criou três oportunidades em um mesmo lance. E inclusive, o São Paulo só não sofreu mais com nomes como Vagner Love por conta da defesa bem estruturada - principalmente com Beraldo, que deu conta de um dos maiores destaques do Leão da Ilha.
No segundo tempo, uma luz brilhou. Fabinho entra com uma falta dura em Michel Araujo e é expulso. E aí, o caminho para o clube do Morumbi pareceu estar facilitado. Afinal, jogava com um a mais. Mas o que ajudou mesmo foram as mudanças de Dorival, como citado anteriormente.
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Entram Luciano, Marcos Paulo e Gabi Neves, respectivamente nos lugares de Wellington Rato, Alisson e Michel Araujo - e vale ressaltar que tanto Rato como Alisson fizeram uma partida bem abaixo. Com pouquíssimo tempo em campo, Luciano abre o placar, e o mais importante, justamente em uma jogada que contou com a participação dos dois reservas que entraram com o camisa 10, já que a jogada passou por Gabriel Neves e contou com a assistência de Marcos Paulo.
E para fechar o placar, mais uma vez um fruto da mudança: Marcos Paulo, após um cruzamento de Calleri que também sofreu influência de Gabriel Neves.
Mas mesmo com o resultado positivo e o destaque que veio do banco, ainda esbarra em algo que está sendo comum desde quando Dorival assumiu o posto de Rogério Ceni. Domina a posse de bola, tem uma média de finalizações maior, mas fica no 'quase'.
Um dos pontos que mostra isso, por exemplo, é o desempenho de Calleri nos últimos jogos. Muitas vezes isolado na frente, a bola peca para chegar no camisa 9, mas mesmo quando chega, pouco está sendo aproveitada pelo argentino.
A construção, em um geral, está superior ao que era visto sob o comando de Rogério Ceni, mas é uma equipe que, se quiser, pode fazer mais. E talvez seja este o principal ponto que Dorival Júnior tenha que se atentar pensando no futuro.
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