Artilheiro gelado: Como Ryan Francisco se tornou o fenômeno da base do São Paulo
Centroavante canhoto é a grande joia de Cotia e já sensação com a torcida
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Os dois gols de cavadinha em cobranças de pênalti que classificaram o São Paulo para a final da Copinha apresentaram o jovem Ryan Francisco para boa parte do público que acompanha futebol no Brasil. Mas para os olhares mais curiosos e para a torcida são-paulina, o centroavante canhoto de 18 anos carrega o status de "fenômeno" há muito mais tempo.
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Antes de vestir a camisa do Tricolor do Morumbi, Ryan teve uma trajetória no futebol que passou pelo Palmeiras. Curiosamente, o centroavante pertencia à Academia ainda criança, no sub-11, antes de ser dispensado do clube. Nesta mesma época, chegou a jogar com nomes de peso do Palmeiras que brilhariam no futuro, como Endrick, que está no Real Madrid, e Luis Guilherme, do West Ham.
Mas sua saída do alviverde não transformou Ryan Francisco em um jogador esquecido, muito pelo contrário. Foi chamado em 2020 para atuar no SKA Brasil, time de base administrado pelo ex-São Paulo e Seleção Brasileira Edmilson. De lá, chamou a atenção do Tricolor e se tornou oficialmente uma cria de Cotia.
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Hoje, o desempenho na Copinha é só a continuidade de uma temporada de alto nível do jogador. Em 2024, o camisa 9 do São Paulo balançou as redes 38 vezes e distribuiu 11 assistências. O jogador foi fundamental na conquista da Copa do Brasil sub-20 e marcou dois gols na final contra o rival Palmeiras.
Em 2025, já são dez gols e uma assistência em nove jogos no ano, sendo oito pela Copinha e um pelo Paulistão. Ryan se tornou um dos principais goleadores sub-20 do país. No recorte das competições nacionais da categoria, Ryan é o maior artilheiro do Brasil em 2024 com 31 gols. São onze a mais que o segundo maior artilheiro, que é Thallys, do Palmeiras.
- Ryan Francisco (São Paulo): 31
- Thalys (Palmeiras): 20
- Kauê Canela (Fortaleza): 17
- Luighi (Palmeiras): 15
- Kenji (Cruzeiro): 15
E a frieza para transformar em gols boa parte dos seus lances de ataque rendeu ao atacante um apelido que já caiu no gosto da torcida e dos companheiros de equipe. A comemoração esfregando os braços fazendo uma referência à sua calma para concluir as jogadas, assim como mostrou nos pênaltis na semifinal da Copinha. Craques do time profissional como Lucas, Luciano e Pablo Maia se renderam ao jovem centroavante e compartilharam o momentos em suas redes sociais.
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Não à toa, o São Paulo trata o jogador como uma joia desde sua chegada na equipe. O atacante sempre foi visto com bons olhos pela diretoria e, quando pôde assinar seu contrato profissional, foi estabelecida uma alta multa para transferências. O contrato foi renovado recentemente e é avaliado em 60 milhões de euros, ou R$ 378 milhões na cotação atual.
Um pé no sub-20 e outro no profissional
Agora, independente do resultado da decisão da Copinha, Ryan já é visto como um jogador que deve ganhar espaço no profissional. O caminho não é fácil e a concorrência é grande em um elenco com Calleri, Adré Silva e Henrique Carmo (mais uma cria de Cotia), mas o camisa 9 do sub-20 chega com uma credencial de peso e pode surgir com mais frequência ao longo da temporada.
Um espelho que pode ser usado por Ryan é William Gomes, também de 18 anos, e que desde o final de 2023 tem oportunidades no principal. E desde 2024 passou a integrar de vez o elenco de Luis Zubeldía. Se depender da torcida, o centroavante já terá sua carteira assinada no principal.
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Por enquanto, são dois jogos na conta. Diante do {Botafogo], na última rodada do Brasileirão do ano passado, atuou nos dois minutos finais da partida, em sua primeira oportunidade para ser relacionado. Nesta última semana, voltou a integrar o time principal e jogou por 68 minutos contra o Botafogo-SP pelo Paulistão. Foi sua primeira vez como titular.
A partida, aliás, fez parte de uma maratona de jogos que ele e outros atletas do sub-20 enfrentaram. O elenco jogou as quartas de final contra o Cruzeiro no sábado, depois atuou na segunda-feira pelo estadual e na noite de terça voltou a entrar em campo pela Copinha nas semis. Mesmo com tantos jogos, o Tricolor contou com a frieza do seu 9 e cravou vaga na decisão após quatro edições da competição.
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