Bauza pede para falar, explica busca por camisa 9 e conversa com a AFA
Pratto e Barrios são apenas dois nomes de lista que já teve Rafael Marques como opção de centroavante. Patón diz ter legado a deixar no São Paulo caso saia para a Argentina
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Edgardo Bauza entendeu que seria preciso prestar alguns esclarecimentos à torcida do São Paulo. Depois de falar em tom esperançoso sobre treinar a seleção argentina e de entregar o interesse do Tricolor em Lucas Pratto e Lucas Barrios - sempre em entrevistas a veículos de seu país, Patón pediu para conversar com os jornalistas no CT da Barra Funda.
Com semblante mais leve do que no último domingo, quando se irritou com perguntas sobre a reunião que teve com dirigentes da Associação de Futebol Argentino, o treinador respirou fundo a cada resposta e apresentou sua versão dos fatos. Ele deixou claro que assumir a Argentina seria um sonho, mas que isso deveria ser tratado com naturalidade pelos torcedores, pois o trabalho no São Paulo não será deixado de lado enquanto a AFA não se decidir.
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- Minha cabeça está no São Paulo. A AFA apenas quis me conhecer. Deixei claro que estou em um clube muito bom e que me brindou com confiança nos últimos meses. Se acontecer de sair, será um problema para todos, incluindo para mim. Não seria fácil explicar que sairia. O que já passou eu expliquei tudo. O resto está distante. O São Paulo é que me ocupa - afirmou.
Bauza minimizou o fato de ter revelado à Rádio Cooperativa, também da Argentina, na última segunda-feira, o interesse são-paulino em Pratto, do Atlético-MG, e Barrios, do Palmeiras. Segundo o técnico, os nomes "apareceram", mas são apenas algumas das opções para reforçar o ataque com um centroavante de "jerarquia". Rafael Marques, também palmeirense, esteve perto, mas já não poderá trocar de time no Campeonato Brasileiro.
- Agora quero um centroavante. Saíram nomes e Barrios e Pratto estão dentro de uma lista de cinco ou seis. Estamos vendo a possibilidade de algum desses chegarem. Vamos analisar para ver se algum pode vir. Falta chegar um jogador, apenas. E Pratto ou Barrios, por exemplo, são muito difíceis. A torcida tem que ficar tranquila de que estamos armando uma equipe que poderá lutar por campeonatos - avisou o comandante tricolor.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Edgardo Bauza:
Você pede reforços, mas pode sair. Acha isso saudável?
O que faço pela equipe, faço independentemente se fico ou saio. É para melhorar a equipe. Seria assim se meu contrato fosse de cinco anos. Minha cabeça está aqui. Claro que é um orgulho estar cotado para assumir seleção, como seria com qualquer técnico brasileiro que fosse cotado para a Seleção Brasileira. É normal, não influencia em nada. A chegada de um jogador não é um benefício para mim. É para a equipe. Não busco um crédito pessoal. A diretoria, há tempos, tem feito um esforço muito grande para contratar. PE se não puder trazer, vamos lutar igual. A diretoria está trabalhando e muito.
A indefinição da AFA sobre o novo treinador pode atrapalhar?
O prazo é dos dirigentes argentinos e creio que terão de resolver nesta semana. Restará um mês para as Eliminatórias. Minha cabeça está no São Paulo e estou tratando de armar o melhor time para ganhar domingo (da Chapecoense). Não jogamos bem contra o Grêmio e agora precisamos jogar bem, além de vencer.
Se sair, deixará um legado?
Creio que a equipe, desde o dia em que assumi o cargo, melhorou muito em alguns aspectos. Faltam outros, mas o time é mais compacto, defende melhor e luta bem mais. Por distantes razões, falta agressividade no ataque. O que atingimos nestes seis meses, não perderemos. Os atletas assumiram esse caráter de luta. Vamos agora tentar melhorar o que falta. Esse seria um legado, de uma equipe ordenada e forte.
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