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Ceni lamenta ‘gol medonho’ e diz que São Paulo não faz temporada ruim

Treinador diz que gol após lateral foi fundamental para derrota contra o Cruzeiro neste domingo, vê atletas abaixo do esperado, mas mantém esperança de reação no Brasileiro

Rogerio Ceni
imagem cameraTécnico Rogério Ceni, que iniciou o Brasileiro derrotado neste domingo (Foto: Marco Galvão/Fotoarena/Lancepress!)
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São Paulo (SP)
Dia 14/05/2017
19:05
Atualizado em 14/05/2017
20:05

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O técnico Rogério Ceni creditou a derrota do São Paulo para o Cruzeiro neste domingo no Mineirão à infelicidade no gol dos cruzeirenses, lance que classificou como "medonho". O tento saiu depois de um lateral, quando o zagueiro Maicon se descuidou da marcação do atacante Alisson, o assistente para Abila balançar as redes. Ceni também disse que alguns atletas não estão rendendo o esperado.

- Não acho que o grupo está abalado por eliminações. Acho que são características de determinados jogadores, alguns sentem mais, outros se superam de forma mais rápida. Acho que alguns estão abaixo por causa de lesões que tiveram na temporada, não conseguiram estar no ápice. Mas claro que o trabalho psicológico é feito, temos uma psicóloga que faz trabalho muito bacana. Claro que sentimos a eliminação. Mas vejo um jogo muito parelho, tomamos um gol que chega a ser medonho, numa bola de lateral. Fora isso, os números muito parecidos no jogo de hoje - afirmou o comandante, em entrevista coletiva logo após a derrota no Mineirão. 


Ao contrário da última quinta-feira, após a eliminação para o Defensa y Justica (ARG) da Copa do Sul-Americana,.a entrevista de Ceni ocorreu de maneira mais tranquila. O ex-goleiro não recorreu aos números e fez uma análise ponderada da situação do time. Disse não saber se houve falha de Maicon no lance do gol, e explicou por que optou por iniciar o jogo com três zagueiros após ter dito no CT que não jogaria assim. Também sustentou que o início de temporada do time não é ruim, apesar de três eliminações. Veja os principais trechos da entrevista:

Análise do jogo
​O jogo de hoje poderia ter sido empate, 1 a 0 para a gente, 1 a 0 para eles, jogo de ataque, contra-ataque. Hoje tivemos uma proposta diferente, era uma situação ruim para nós, mas também para o Cruzeiro. Esperávamos que eles saíssem mais. No primeiro tempo eles tiveram um pouco mais, numa escorregada do Rodrigo Caio. Depois tivemos com o Júnior, que preferiu bater de pé direito. Eles fizeram o gol mais cedo que a gente, logo no começo.

Falha de Maicon?
Eu não posso dizer porque foi lado oposto que eu estava, mas em tese um jogador não pode escapar livre daquela posição. Não posso ainda dizer se houve falha ou não. Reclamam de duas bolas no campo, a bola rápida, mas isso faz parte do jogo. O jogo é aqui, natural, talvez faltou um pouco mais de atenção nisso. 


Por que acreditar que o time vai reagir?
Se eu não acreditasse na reação do meu time, eu não poderia estar trabalhando todos os dias. Acredito no potencial de cada um. Na recuperação de alguns que estão no DM, na melhora de alguns que estavam parados. E no caráter, no desejo de cada um.

Início rum preocupa?
Preocupa o resultado de hoje, pela derrota. Se a gente tivesse se segurado mais, teríamos mais chances no segundo tempo, porque o Cruzeiro viria para cima. Na minha cabeça já estava o Luiz Araújo, justamente para aproveitar os espaços que o Cruzeiro iria deixar. Mas tive de colocar ele antes. O que me preocupa é a derrota, mesmo que nenhum visitante tenha vencido. Mesmo que fosse um ponto, era importante para o jogo do Avaí, que agora, sim, teremos de ditar o ritmo.

Por que três zagueiros?
Primeiro que eu não posso dizer tudo que vou fazer, senão ficaria fácil para o adversário. E depois que o Militão vem treinando muito bem, e eu gosto mais dele como volante, mas quis liberar o Júnior, o Militão até foi bem. Fiz isso na Florida, queria fazer o Cruzeiro sair mais para o jogo. Mudamos em função disso, mas treinamos durante a semana, para executar hoje. Uma pena que desfiz, porque precisávamos empatar o jogo, tomamos o gol logo cedo. Aí já chamei o Thomaz com linha de quatro.

Início de temporada ruim?
Não vejo um começo de temporada tão ruim. Se você for analisar o número de jogos, e derrotas, não é tão ruim. É que foram eliminações de mata-mata e isso chama a atenção. E no jogo de hoje, equilibrado, com um gol de lateral. Não vivemos nosso melhor momento, do que nos dois primeiros meses, quando jogamos melhor. Perdemos jogadores que tínhamos esperança. O Morato, que trouxemos, o Wellington Nem, que tenho muita esperança. Nossas opções diminuíram. Hoje teve o Chavez, mas como jogar com três centroavantes. O que foi possível fazer de substituições ofensivas, fizemos. Tentamos o gol a todo custo. Concordo que não é nosso melhor momento. Não vejo uma temporada ruim, os resultados ruins, pontuais, que nos tiraram das competições.

Saídas de Neilton e Breno
Sobre o Neilton, é um jogador nosso, a opção de não trazê-lo foi minha. Breno é meu amigo, jogou comigo. É um jogador ainda jovem, e vejo que ele precisa jogar. De uma sequência de jogos, e nesse momento não conseguia ver essa sequência de jogos. E eu falei diretamente com ele, e ele se interessou por essa proposta. É algo que pode fazer bem a ele. E pode fazer bem a ele, outro ambiente, ritmo. É um ótimo menino, ótimo jogador, super bem. Só posso desejar sorte. Lamento não poder dar essa sequência de jogos a ele. Comecei com ele no São Paulo. E quem sabe com essa sequência seja bom para ele, e talvez para o São Paulo.

Situação de Cueva
​Se eu falar que o Cueva vive seu melhor momento, eu estaria mentindo. Se eu disser que não aposto nele minhas fichas, também estaria mentindo. Cabe a gente recuperar o jogador, colocar em suas melhores condições. A gente tem a expectativa com ele, sempre espera ele decisivo. Espero que ele volte, é um jogador importante. Ele trabalha todos os dias bem, espero que ele se condicione bem, para que nos ajude, como sempre ajudou. Até aquele jogo do Peru, que a gente vinha poupando, mas depois não se recuperou tão bem.


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