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A cinco dias da Libertadores, São Paulo não tem uma identidade

Após duas boas atuações, São Paulo 'muda de cara' nas derrotas contra Santos e Guarani e deixa dúvidas antes dos duelos contra o Talleres. Hernanes já é imprenscindível

Hernanes
imagem cameraHernanes já tem status de 'salvador da pátria' no São Paulo - (Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/02/2019
02:37
Atualizado em 01/02/2019
08:35

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Faltam cinco dias para o jogo de ida contra o Talleres (ARG) e o São Paulo ainda não tem uma equipe titular definida. Pior: o São Paulo ainda não tem uma identidade.

Hoje, o torcedor não sabe o que esperar do time na próxima partida. Será aquele São Paulo que colocou a bola no chão e envolveu o Mirassol e o Novorizontino? Ou será o que se retraiu diante do Santos e não deu um chute sequer na direção do gol? Ou, quem sabe, aquele que levantou 61 bolas na área do Guarani?

André Jardine é convicto no discurso: quer montar um Tricolor intenso, sempre protagonista e de vasto repertório ofensivo, inspirado em grandes equipes da Europa - o Liverpool, uma das inspirações, cruza em média 18 bolas na área por jogo... O problema é que nos dois jogos mais complicados do Paulistão o São Paulo não conseguiu preencher esses três requisitos.

Na derrota por 2 a 0 para o Santos, não foi intenso, não foi protagonista e não mostrou repertório ofensivo. No 1 a 0 para o Guarani, pode-se dizer que foi intenso e protagonista em alguma medida - apesar de o placar favorável ao adversário desde o primeiro minuto ter colaborado para isso -, mas faltou o repertório.

Os jogadores tiveram paciência para rodar a bola, o posicionamento mais fechado dos laterais permitiu que os pontas fossem frequentemente acionados no mano a mano e... Só! A faixa do campo que geralmente é ocupada por um meia criativo esteve deserta até Hernanes entrar, o que provocou a infinidade de cruzamentos para Pablo e Diego Souza tentarem a sorte.

Mesmo sem ritmo, o Profeta apareceu na área duas vezes para finalizar e deu uma boa enfiada para Diego Souza no meio da zaga. Gestos simples para um meio-campista, não para os colegas de Hernanes no São Paulo. É uma deficiência grave do elenco, sobretudo para uma equipe que se propõe a tomar conta do jogo. O camisa 15, mesmo longe de seu nível físico ideal, já é imprescindível.

A pressa que o calendário exige, obviamente, é um fator complicador para qualquer técnico - com exceção de Jorge Sampaoli, aparentemente. O próprio Jardine admite que tem tentado encontrar uma equipe ideal ao mesmo tempo em que toma o cuidado de não expor os seus principais atletas a um risco alto de lesão, mas a verdade é que a equipe ideal ainda não deu as caras, sendo que jogadores como Bruno Peres, Pablo e até Everton, que tem histórico de problemas musculares, foram titulares em todos os jogos.

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