Com individualidade e defesa sólida, São Paulo arranca empate em BH
Tricolor não fez boa apresentação, outra vez, mas usou da qualidade individual de Pato e Nenê, e da consolidada defesa para conseguir ponto importante fora de casa
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Não foi uma grande apresentação do São Paulo no empate em 1 a 1 com o Atlético-MG. Foi dominado durante boa parte do jogo pelo adversário, criou muito pouco, apresentou deficiências iguais àquelas das partidas anteriores, porém viu um fator funcionar de forma que não vinha funcionando: a individualidade. Foi com ela que conseguiu chegar com perigo na defesa do Galo e foi com ela (e Alexandre Pato), que o time de Cuca igualou o placar.
Em alguns momentos do duelo, a posse de bola dos atleticanos era avassaladora, o Tricolor tentava, no máximo, matar os lances no meio-campo para evitar que as bolas chegassem com velocidade na área. E isso, vale ressaltar, os são-paulinos têm feito muito bem. Pelo volume de jogo imposto pelos mandantes, era para ter sido uma goleada e o setor defensivo da equipe paulista, mais uma vez, teve destaque e vai para a pausa como exemplo.
O gol marcado por Alerrandro aconteceu diante de um erro no gesto técnico de de Toró, um atacante, que ajudava na defesa. Seu ligeiro toque na bola, segundo interpretou a arbitragem com o VAR, tirou a posição de impedimento do autor do tento rival. Isso isenta os defensores do São Paulo de culpa ou falha no lance. Levar o gol foi uma fatalidade, apesar da pressão do Galo. Vale destacar mais uma grande atuação de Tiago Volpi, que pegou tudo.
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Mas aí é que vem o problema do time com Cuca e até mesmo em toda a temporada. A defesa foi bem, evitou piores momentos, mas o ataque mostra enorme dificuldade para marcar gols, principalmente pela falta de criação o meio-campo e velocidade pelos lados. É verdade que no início do segundo tempo, com as entradas de Everton Felipe e Igor Gomes, o Tricolor melhorou, mas somente com a entrada de Nenê, houve avanço no setor criativo.
Alexandre Pato, talvez o oásis técnico da equipe, já vinha ensaiando jogadas individuais para tentar algo diante da pobreza de inspiração, recheada de ligações diretas. Era preciso Nenê, que também é capaz de muitos lampejos de qualidade, para se unir com o camisa 7. Dessa união saiu o gol de empate. Passe preciso do camisa 10 para Pato já dominar tirando da marcação para bater sem chances para Victor. Era o prêmio pelo uso da individualidade.
Apesar do resultado importante, com um ponto fora de casa contra um adversário direto, o individualismo serviu apenas como uma medida paliativa, ou seja, ataca o sintoma, mas não a causa, em termos futebolísticos, resolveu nesse jogo, mas não vai servir para todo o campeonato, nem após a volta da pausa para a Copa América. É preciso mostrar mais, é preciso ter mais criatividade no setor ofensivo e mais volume de jogo do meio para frente. A defesa já está mais ou menos ajustada, o ataque ainda é precário.
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