Com Lugano, Cerro Porteño reduziu média de gols sofridos pela metade
Equipe paraguaia sofria 0,86 gol por partida antes da chegada do zagueiro uruguaio e agora número é aproximadamente de 0,44; Fase artilheira também chama a atenção
A notícia sobre o interesse do São Paulo em repatriar Diego Lugano levantou dúvidas sobre o atual desempenho do zagueiro uruguaio, que completará 35 anos neste domingo. E a defesa do ídolo pode ser feita com base nos números atingidos por ele e pelo Cerro Porteño no Campeonato Paraguaio: a equipe reduziu pela metade a média de gols do primeiro para o segundo turno da competição, quando Lugano foi contratado.
O Cerro terminou o Torneio Apertura como líder com 52 pontos em 22 partidas. A campanha contou com 16 vitórias, quatro empates e duas derrotas, além de 41 gols marcados e 19 sofridos (média de 0,86 por partida). Já no Clausura, a média geral é de 0,54, com nove tentos sofridos em 16 partidas. Se forem consideradas apenas as nove partida disputadas por Lugano, a queda é ainda maior: 0,44 de média. "El Ciclón" também lidera o segundo turno com 35 pontos, 11 vitórias, dois empates, três derrotas e 21 gols marcados.
O uruguaio foi titular nos nove confrontos e terminou oito deles em campo. Somente na sétima partida pelo Cerro é que o zagueiro foi mais cedo para o vestiário, já que recebeu o segundo cartão amarelo na partida e acabou expulso. No São Paulo, em três anos entre 2003 e 2006, Lugano recebeu apenas dois cartões vermelhos, nenhum deles aplicado diretamente.
Outra curiosidade é em relação aos gols marcados pelo beque. No Cerro, já são quatro em nove partidas, enquanto no Tricolor o quarto gol saiu quase dois anos após a estreia. Na equipe paraguaia, Lugano ainda anotou dois gols em uma só partida, nos 3 a 1 sobre o Sol de América, seu quinto jogo por lá. Como são-paulino, o uruguaio fez dois gols em um confronto somente em novembro de 2005, em vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-PR no Campeonato Brasileiro.
Desde que chegou ao futebol paraguaio, Lugano disputou em média uma partida a cada oito dias, sendo de três dias o menor intervalo entre um compromisso e outro no Torneio Clausura. O condicionamento físico é outra das preocupações da comissão técnica do São Paulo, devido ao calendário apertado no Brasil. Pessoas próximas ao ídolo, porém, asseguram que o temor é exagerado e que o uruguaio não tem mais sofridos com problemas de lesão como nos últimos anos.