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Cueva rebate Pintado, diz dar sangue pelo time e se preocupa com família

Meia admite ter ficado assustado com granada enviada ao sogro, mas afirma estar focado no São Paulo e diz que seria punido caso se recusasse a jogar como alegou o ex-auxiliar

Treino São Paulo
(Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net)

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Cueva foi escolhido para dar entrevista coletiva nesta sexta-feira enquanto os reservas trabalhavam no campo do CT da Barra Funda. O meia não deixou sem resposta nenhum dos assuntos abordados no dia seguinte à derrota para o Coritiba, que recolocou o São Paulo na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. E o peruano assegura que o foco dele está só em tirar o time dela.

O camisa 10 admitiu estar assustado com a encomenda com uma granada, um pombo morto e uma carta ameaçando à sua família que seu sogro recebeu no Peru. Mas diz que esse assunto nem qualquer outro o afeta em campo. Por isso, desmentiu Pintado, ex-volante que comandou o time interinamente na derrota para o Santos, em 9 de julho, e falou que Cueva se recusou a viajar.

- Estou à disposição do clube porque trabalho aqui. Disseram que eu não quis jogar e não falei nada porque deixei se resolver internamente. Não vou falar sobre isso. Mas estou tranquilo e sempre estive à disposição do time. Se tivesse feito algo mal, o clube me puniria. e isso não aconteceu - falou Cueva, sobre o auxiliar que, hoje, já não está no clube.

- É lógico que meu nível caiu, mas isso acontece com todos. Trabalhei para voltar da melhor maneira, com única mentalidade de ajudar o time e crescer como jogador, melhorar nos aspectos que preciso. Nada influiu no meu rendimento, nenhuma coisa a ver com transferência nem nada. Foi algo pessoal, interno, e sou homem para sair dessa - assegurou, prometendo dar o sangue pela torcida que estabeleceu os dois maiores públicos do Brasileiro nos dois últimos jogos no Morumbi (empate com Grêmio e derrota para Coritiba).

- Agradeço aos torcedores, que estão sempre indo a campo. São importantes, nos dá força para deixar o sangue por eles e sair dessa situação e, de repente, pensar em algo melhor. Que Deus nos permita isso. Não quero falar muito do que pode acontecer, foco no meu presente e nos meus companheiros - falou, tentando não se abalar com o susto familiar.

- É difícil, não nego que me preocupa, mas tenho de jogar. É a minha família, mas tenho de estar forte. Fico preocupado, mas vai passar. Deixo a polícia trabalhar. Vou ajudar no que puder. Quero a tranquilidade da minha família e dos meus filhos, que sofrem mais. Sou a cabeça da minha família, eu que cuido deles.

Confira outros assuntos abordados por Cueva em sua entrevista coletiva nesta sexta-feira:

Terminar turno na zona de rebaixamento
Em princípio, nenhum time quer brigar lá embaixo, na zona de rebaixamento. Agora, isso está acontecendo com o São Paulo, mas vamos sair dessa posição. O clube está concentrado, trabalhando para melhorar sempre. Tivemos oportunidades de ganhar posições e não aproveitamos. Agora estamos nessa dura experiência de brigar lá embaixo, mas com a certeza de que sairemos dessa. Faz parte do futebol. Na nossa cabeça, temos de pensar em sair dessa situação e melhorar.

Frustração da derrota
A derrota sempre entristece todos. Mas você pensa que jogamos mal? Penso que o time estava pensando em ganhar, teve oportunidades de gol, inclusive eu, mas não fizemos os gols. Sabíamos que não seria fácil. O Coritiba veio fazer o jogo dele, e jogamos com a mentalidade de jogar no ataque. Eles fizeram o primeiro gol de pênalti, do qual não vou falar. Se fizéssemos o primeiro gol, o jogo mudaria. Não aconteceu e a responsabilidade é minha e dos meus companheiros.

Inspiração na virada sobre o Botafogo
Minha inspiração é ver meus companheiros treinando no dia a dia e ter uma comissão técnica que nos ajuda. Uma vitória fora de casa é bom. Seria melhor se tivéssemos ganhado ontem, mas temos de vencer esse jogo duro contra o Bahia. É o que teremos de fazer.

Evolução do time
Jogo de ontem foi bom. Se fizéssemos o primeiro gol, mudaria tudo. Com um pênalti que não foi, o jogo foi mudado. O Coritiba veio fazer seu jogo de forma distinta de nós, que propomos o jogo sempre, em casa ou fora. O primeiro gol mudou tudo, mas penso que estamos evoluindo.

Hernanes
Ótimo jogar com o Hernanes. Tem muita experiência. Chegou e ajudou muito, em todos os aspetos, futebolístico e fora de campo, muito centrado, ajuda muito. Ele, Pratto, Petros e todos os meus companheiros tentam o melhor para sair dessa situação. O comando técnico e os dirigentes estão nos apoiando e estou completamente seguro que vamos sair dessa. 

Desfalque de Rodrigo Caio
O Rodrigo é um grande jogador, importante para a equipe. Mas o São Paulo tem jogadores para substitui-lo. O Rodrigo vem jogando constantemente, mas temos companheiros para jogar na vaga dele. Aqui, temos de treinar, brigar de uma forma sã pelo posto. Quem for jogar agora, fará o melhor. O importante é que joguemos com humildade de sempre e pensando em ganhar, não há outra resultado.

Influência da derrota para o Coritiba
Estamos confiantes. Não vou negar que perder ontem não afeta, porque afeta muito. Mas estamos confiantes e unidos, o que é importante. O trabalho dos companheiros e da comissão técnica é trabalhar juntos, estar fortes, como sempre estivemos, e sair dessa situação. A sorte, às vezes, não nos acompanha. Mas, depois da tempestade, vem a calma. Queremos estar tranquilos para não pensar na zona de rebaixamento.

Ansiedade do time
O grupo quer brigar da melhor maneira pelo São Paulo, fomos contratados para dar o melhor para este clube, que é muito grande. Não precisamos provar por que estamos aqui. De repente, pode ter parecido ansiedade para começar ganhando e isso pode ter gerado erros, que precisam ser corrigidos. . É importante analisar se a ansiedade pode ter nos atrapalhado.

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