Diniz ganha força para 2020, mas São Paulo ainda discute diretoria
Classificado para a fase de grupos da Libertadores e defendido pelos jogadores, Diniz é o favorito a dirigir o São Paulo em 2020, mas dúvida sobre diretor de futebol causa incerteza
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Após a confirmação da vaga na fase de grupos da próxima Libertadores, a tendência é de que Fernando Diniz continue como técnico do São Paulo para 2020. Isso ainda é uma tendência, e não uma certeza absoluta, porque não se sabe exatamente qual será a configuração da diretoria de futebol no próximo ano.
Raí, diretor de futebol desde o fim de 2017, fica sem contrato em dezembro deste ano. Até a noite de quarta-feira, dava-se como certo nos bastidores do Morumbi que ele seria substituído no cargo por Carlos Belmonte, atual diretor social e responsável por tocar o projeto do basquete tricolor, considerado um sucesso.
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Belmonte já foi convidado por Leco para cuidar do futebol e deu sinal verde, portanto é improvável que ele não integre o departamento. O que ainda pode mudar é a situação de Raí. O presidente tem dado sinais de indecisão sobre o futuro do ídolo nas últimas horas.
Não está descartado, por exemplo, que Raí permaneça colaborando com o São Paulo em uma outra função ou que divida com Belmonte o comando do futebol. Esse tema está em discussão e a expectativa é de definição nos próximos dias. Só aí será possível determinar se as ideias atuais para o planejamento de 2020 (como a permanência de Diniz) serão mantidas.
Raí é diretor-executivo de futebol, cargo remunerado. É certo que Belmonte não deverá assumir exatamente este cargo, porque dessa forma seria obrigado pelo estatuto a se afastar do Conselho Deliberativo. Isso não seria interessante porque Leco o enxerga como um potencial candidato da situação nas eleições de dezembro de 2020 e, para se eleger, é preciso ser conselheiro.
Independentemente de todo esse cenário, pesam muito a favor de Fernando Diniz as constantes manifestações de apoio dos jogadores. Depois do jogo contra o Inter, todos que foram questionados sobre o treinador na zona mista do Morumbi rasgaram elogios a ele e defenderam sua permanência. O fato de ter classificado a equipe para a fase de grupos, cumprindo o objetivo que lhe cabia, também reduz a possibilidade de mudança.
Além disso, Leco sabe que o clube tem trocado muito de técnico nos últimos anos e acredita ser o momento ideal para dar estabilidade a um profissional neste cargo, até porque o elenco de 2020 será muito parecido com o atual, algo que também não vinha acontecendo nas últimas temporadas. Ele sinaliza a conselheiros próximos que incentivará uma grande reformulação no CT da Barra Funda, mas não no grupo de jogadores, mas na estrutura física e pessoal.
No São Paulo desde o fim de setembro, Diniz acumula sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas (aproveitamento de 52%, um pouco menor que os 55,5% que Cuca registrou no Brasileirão). O contrato do treinador foi feito com base nas normas da CLT e não tem prazo final estabelecido.
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