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Dirigente do São Paulo explica por que clube não pode tratar de Carneiro

Atacante uruguaio foi pego no doping por cocaína e punido no ano passado. Por conta das restrições da sentença, jogador não pode utilizar as dependências do clube no período

Gonzalo Carneiro
imagem cameraCarneiro foi suspenso por dois anos por doping e já cumpriu um (Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/03/2020
13:36
Atualizado em 25/03/2020
14:37

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Em entrevista ao "Bola da Vez", da ESPN, o gerente executivo do São Paulo, Alexandre Pássaro, falou sobre um tema que aguça a curiosidade do torcedor são-paulino: a situação de Gonzalo Carneiro, suspenso por doping desde o ano passado. O jogador tem contrato com o clube até março de 2021, mas segundo o dirigente, a instituição pouco pode fazer por ele neste período.

- A punição impede que a gente trate dele, é um obstáculo por regra. Ele está lá no Uruguai, mas acompanhamos todos os movimentos da coisa, a gente tem um advogado especialista acompanhando, o Lugano tem mais notícias, por ser uruguaio, a gente se oferece sempre para qualquer coisa, mas o nosso alcance é curto, quando acabar a suspensão a gente vê o que fazer - explicou Pássaro.

Em outubro de 2019, Carneiro foi punido com dois anos de suspensão pelo TJD-AD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem), em Brasília, por ter sido flagrado em exame antidoping realizado durante o Campeonato Paulista do ano passado, cuja contraprova confirmou a presença de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em seu organismo.

O uruguaio fez o primeiro exame em 16 de março de 2019, após uma derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Pacaembu, e jogou pela última vez em 14 de abril, quando foi titular na ida da final estadual contra o Corinthians. Após ser notificado, ele não treinou mais com o elenco no CT. Como a suspensão começa a contar a partir da data da coleta, ele já cumpriu um ano da pena.

Na época, Carneiro dava sinais de depressão, mas não tinha histórico de uso de drogas. Para Alexandre Pássaro, o uruguaio teve dificuldades de adaptação no São Paulo e não conseguiu se enturmar com o restante do elenco, apesar das tentativas dos companheiros em agregá-lo. De acordo com o dirigente, o atacante era um jogador muito solitário e teve uma fraqueza.

- Carneiro não tinha histórico, ele tinha a questão de ser um cara enraizado com a comunidade dele, estava sozinho aqui no Brasil, sem interação, não se enturmou com os outros jogadores, ele era muito solitário. Infelizmente ele teve essa fraqueza, que só descobrimos com o exame - afirmou o gerente.

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