Escrito por Lance!
Com a franqueza que lhe é habitual, o técnico do São Paulo, Rogério Ceni, quebrou o silêncio e revelou nos vestiários após o empate sem gols com o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, detalhes sobre a primeira reunião de planejamento para a próxima temporada que teve com diretoria durante a última semana.
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O tema foi debatido após Ceni usar os microfones para se queixar que não havia nada programado entre ele e a gestão Julio Casares para 2023 após a perda da Copa Sul-Americana. A resposta irritou os bastidores do Morumbi, conforme apurou o LANCE!, já que internamente houve cobranças pela exposição feita pelo treinador do clube.
De imediato, Ceni ressaltou que lhe foi exibido todo o balanço financeiro do Tricolor. E que diante das dívidas de aproximadamente R$ 700 milhões acumuladas, há tendência de que não haja a contratação de reforços para o próximo ano.
O ex-goleiro também espera pela definição ou não da renovação dos contratos de alguns jogadores que se encerram no final deste ano. Veteranos como Rafinha, Miranda e Eder têm contrato até dezembro e ainda têm futuro incerto.
- Agora, nem sempre o clube consegue contratar o jogador, na posição que desejava. Vamos analisar o mercado para o ano que vem. Se aparecer alguma oportunidade, temos que aguardar o caso dos jogadores que vencem contrato. Não dá para falar hoje, alguns têm propostas, outros têm desejos. Sobre definição de 2023, é melhor aguardar o final da temporada para ter uma noção exata do que é possível fazer ano que vem.
Além dos veteranos, a lista de indefinições do atual elenco são-paulino tem Gabriel Neves e Colorados, volantes estrangeiros cujo empréstimo se encerra também em dezembro, o atacante Marcos Guilherme, com contrato de risco até o mesmo mês, e Luizão e Igor Gomes.
A questão com as crias de Cotia é mais sintomática. O L! apurou que nenhum dos dois deve ficar. Igor Gomes, perseguido pela torcida, tem vínculo até março e empresários estão caçando um novo clube para ele. Até o rival Palmeiras foi sondado. Já o zagueiro Luizão teve sua saída praticamente garantida por Ceni.
- Vamos ser sinceros? Luizão dificilmente fica. Isso é coisa de empresário, clube. O futebol mudou bastante. Na minha época, eu que decidia sobre a minha carreira, e hoje entendo que o Mundo mudou. Louvável é que teve hombridade de entrar em campo e fazer seu melhor.
Com 41 pontos, em 11º lugar e com uma rodada a menos em relação aos rivais, o técnico tricolor sabe da importância de brigar por uma vaga na próxima Copa Libertadores, objetivo restante ao clube no ano. O L! revelou que a vinda de reforços de peso está atrelada à presença na principal competição continental.
- vaga é importante. Acho que o planejamento do clube, com ou sem a vaga, me parece o mesmo. Da mesma maneira vai encarar o ano que vem, diante das circunstâncias que vierem. A vaga para mim, quando focamos na Sul-Americana, era para ter vindo naquela final. Infelizmente não veio e isso não vai se apagar até o fim do ano.
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