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Heranças de Aidar: São Paulo encara dificuldade com Centurión e Wesley

Diretoria não consegue negociar o atacante argentino e tenta a rescisão com o volante; ambos foram anunciados como grandes contratações na época do ex-presidente, em 2015

Aidar apresentou Centurión como grande reforço em 2015
imagem cameraRubens Chiri/saopaulofc.net
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/07/2017
20:40
Atualizado em 27/07/2017
06:30

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No começo de 2015, o presidente Carlos Miguel Aidar anunciou com orgulho que o volante Wesley e o atacante Ricardo Centurión foram contratados. Dois anos e meio depois, a diretoria encara dificuldades para lidar com a situação de ambos, que estão fora dos planos do São Paulo.

Aidar renunciou em 2015, sendo sucedido por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. É frequentemente lembrado como mau exemplo e até motivo dos obstáculos atuais pelos dirigentes que estão atuando, principalmente, no departamento de futebol.

O diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti, por exemplo, argumentou nessa quarta-feira, em entrevista coletiva, que ocupa o cargo "há dois meses, apesar de parecer que estou há cinco anos". Sem citar o nome de Aidar, acabou relatando as dificuldades que acabou herdando. Sem dúvida, Centurión e Wesley são duas delas.

O caso que parece mais simples de ser resolvido já dura, ao menos, uma semana. A diretoria segue negociando a rescisão com Wesley, volante de 30 anos e que tem contrato até dezembro de 2018. Ele acumula 82 jogos, dois gols e desperta a ira da torcida - chamou atenção no São Paulo os xingamentos destinado a ele em junho, quando o perfil do clube nas redes sociais lhe desejou feliz aniversário.

Dirigentes relatam que eles e o próprio Wesley concordaram que não há mais clima para ele no Tricolor, e o técnico Dorival Júnior não o relacionou nos dois últimos jogos. Iniciou-se a negociação para a rescisão que vem levando mais tempo do que a diretoria imaginava, e o jogador segue treinando normalmente.

Um dos principais fatores que atrapalham essa rescisão foi exatamente o trunfo para trazê-lo: seus altos salários. Wesley chegou ao São Paulo em 2015, por meio de negociação tocada por Aidar. Na época, o dirigente estava rompido com o Palmeiras, pelo qual o volante atuava, e fez esforço para tirá-lo do rival. O investimento, com salário e luvas tidos muito altos, não tiveram o retorno em campo.

Mas a tarefa mais complicada no momento parece ser a de Centurión. O clube não contava mais com o jogador de 24 anos e sonhava em lucrar com ele - com a ajuda de Vinicius Pinotti, então apenas um torcedor do clube, pagou mais de R$ 13 milhões para tirá-lo do Racing em 2015. Mas problemas extracampo fizeram o Boca Junior desistir dele e não está descartada a sua volta ao São Paulo.

O atacante era um caso dado como encerrado. O São Paulo o negociou primeiramente com o Genoa por 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 12,7 milhões), ele fez exames na Itália na quinta e, na sexta, embarcou para a Argentina porque o Boca Juniors superou a proposta italiana oferecendo US$ 4,2 milhões (aproximadamente R$ 13,2 milhões).

Em ambas as negociações, o São Paulo vendia 70% dos direitos econômicos que tem do argentino, com quem tem contrato até 2019, e ainda garantia uma participação de 10% em negociação futura. Mas Centurión se envolveu em confusão em balada na madrugada de sábado para domingo, fazendo o Boca desistir de sua permanência.

O jogador tem mais duas semanas de férias, período que a diretoria tem para arrumar outro clube disposto a apostar nele. Caso contrário, Centurión voltará, algo que o São Paulo não deseja - sua passagem pelo Morumbi teve 81 jogos, oito gols e nove assistências até ser emprestado ao Boca, há um ano, sem deixar saudades.

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