Jardine explica ‘caso fair play’ e sai do Morumbi frustrado com empate
Técnico do São Paulo evita dar resposta a dirigente do Sport que o chamou de estagiário, mas diz que adversário estava se aproveitando do fair play para ganhar tempo
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André Jardine saiu do Morumbi frustrado com o empate sem gols com o Sport que impediu o São Paulo de retornar ao G4 do Campeonato Brasileiro. O técnico notou evolução da equipe e citou a imprecisão na conclusão das jogadas como principal razão para o tropeço.
- A gente sai bastante frustrado com o resultado, obviamente não era o que a gente queria. Tínhamos condições de vencer. O primeiro tempo foi mais trancado. A gente procurou espaço e teve um pouco mais de dificuldade, mas mesmo assim teve algumas alternativas. No segundo tempo, uma alteração tática destrancou um pouco o jogo, proporcionou que a gente fosse mais agressivo. Infelizmente pecamos na finalização, no último passe. Talvez a ansiedade tenha atrapalhado, justamente por estar todo mundo querendo demais colocar o São Paulo no G4 - analisou o comandante, que fez seu primeiro jogo como treinador efetivo do Tricolor.
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Jardine não quis dar uma resposta direta a Laércio Guerra, vice de futebol do Sport que o chamou de "estagiário" ao reclamar de falta de fair play em um lance no primeiro tempo. Matheus Peixoto pediu atendimento médico duas vezes seguidas e, por isso, Jardine não quis que seu time colocasse a bola para fora. O são-paulino explicou:
- Acho que o fair play é importante, sempre defendi nas minhas equipes a postura, o respeito ao adversário, à arbitragem, ao companheiro. São valores dos quais eu não abro mão. No lance propriamente dito, eu entendi que a coisa estava se repetindo. E é importante que a arbitragem faça esse tipo de análise para não tornar o fair play um ato de catimba, para irritar, gastar tempo. A minha interpretação, e de todo o estádio, é de que o Sport estava começando a fazer uso disso. Chega um ponto em que a arbitragem tem que julgar quando é preciso colocar a bola para fora. Talvez eu tenha sido infeliz, porque parece que houve um pisão na mão. Mas foram quase dez atendimentos, acho que foi abusivo.
Defesa a Nenê
Jardine ficou ao lado do camisa 10, que perdeu um pênalti no segundo tempo e foi vaiado pela torcida ao ser substituído por Tréllez.
- O Nenê está bastante chateado dentro do vestiário, sabe como era importante ter feito o gol. Mas é um jogador experiente, sabe que são coisas que acontecem, especialmente com os jogadores mais importantes, que acabam tendo que assumir a responsabilidade nesses momentos. Espero que ele se recupere rápido, porque ainda temos um jogo importante e vamos precisar dele com a cabeça boa - declarou.
- O Nenê é uma liderança importante no nosso vestiário. Encarou o São Paulo como um dos maiores desafios de sua carreira, é muito dedicado, foi decisivo em muitos jogos. Errar pênalti faz parte. É o primeiro que ele erra, fez alguns outros importantes. A gente sabe o quanto é difícil um pênalti nessa situação, vem na cabeça que não se pode errar. Ele está bastante chateado. Entendo que aqui dentro está todo mundo trabalhando demais para dar alegria ao torcedor e, nos momentos difíceis, quero que meus jogadores tenham certeza que estamos ao lado deles. Sempre juntos - emendou.
O São Paulo segue em quinto lugar, com a mesma pontuação do Grêmio (63) e uma vitória a menos. Para ir direto à fase de grupos da Libertadores, precisará vencer a Chapecoense fora de casa e torcer por um tropeço dos gaúchos contra o Corinthians, em Porto Alegre.
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