Michel Bastos admite má fase, explica ‘retiro’ e melhora com Ricardo
Meia diz que pediu para ficar fora dos últimos jogos e recuperar massa muscular e comemora avanço na comunicação com a comissão técnica: 'Bauza era mais fechado'
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Depois de duas partidas fora até mesmo do banco de reservas, Michel Bastos está de volta ao time titular do São Paulo. O meia ocupará a vaga do suspenso Thiago Mendes para encarar o Internacional às 16h deste domingo, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, e sabe que tem a obrigação de voltar a render. Em Porto Alegre, ele quer apagar as recentes más atuações.
- Sou cobrado por já ter provado minha qualidade. O torcedor se acostuma a me ver decisivo, garantindo vitórias com uma jogada, mas não pude ser isso nos últimos jogos. Pelo que fiz neles, acho justa a cobrança. Fui muito abaixo e tinha que acatar as cobranças. Quando fugiam do lado técnico e iam para o pessoal, discordava, mas agora concordo. Trabalhei forte duas semanas para ficar bem fisicamente e perder o medo de lesão. Agora me sinto bem, trabalhando dois períodos para retomar minha forma muscular, e espero que contra o Inter eu seja aquele jogador que a torcida elogia - projetou.
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Nos dez dias em que o São Paulo foi treinado pelo interino André Jardine, entre a saída de Edgardo Bauza e a chegada de Ricardo Gomes, Michel Bastos revezava trabalhos com o grupo e outros sozinho. Os exercícios exclusivos visavam ao fortalecimento muscular do jogador de 33 anos, prejudicado por três lesões em 2016 que tiveram prazos curtos de recuperação. Assim, em acordo com a comissão técnica, não encarou Santa Cruz e Botafogo.
- No começo da temporada cheguei a ter três lesões e, devido à Libertadores, não tive tempo de recuperar, ganhar força física de novo. Nos jogos anteriores eu não estava bem física e tecnicamente, aí decidimos ter essa programação diferente. Precisava de reforço muscular para ganhar potência e ter uma sequência maior. Se não jogar bem e o time perder, serei cobrado, então preciso estar 100% para ser decisivo como sempre fui - justificou.
Michel Bastos disputou 33 partidas na temporada e soma cinco gols e seis assistênicas
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Michel Bastos:
Ter o terceiro técnico no ano atrapalha?
Bauza era um grande treinador, mas a oportunidade era muito boa para ele. Ano passado vivemos isso com Osorio... O Bauza já tinha deixado a equipe adaptada e cada técnico é diferente. Teve o Jardine, com bom trabalho, e o clube conseguiu trazer um treinador que vai agregar muito. Com a qualidade do Ricardo, espero que isso não atrapalhe. Pelos treinamentos, vi que trabalha bastante, com ritmo de jogo nos treinos, e isso é bom, te coloca no clima da partida. É essencial. O clube correu atrás de quem chegasse e desse conta do recado o mais rápido possível e o Ricardo tem muita qualidade para isso.
O que tem achado de Ricardo Gomes?
Ricardo chegou agora, com outra filosofia. Já tive experiências em que a equipe demora a se adaptar ao modo de trabalhar de um treinador, mas espero que essa troca não seja nenhum problema. O São Paulo buscou um técnico qualificado e que pode trazer coisas positivas para o grupo. Vai ser o primeiro jogo agora e a semana de treinamento foi muito boa, o grupo acatou a filosofia de trabalhar bastante, no ritmo do jogo. E eu sempre fui acostumado a treinar assim, nos dez anos que fiquei na Europa, com treino até em dia de jogo. Ele trabalhou lá e traz isso em sua filosofia. É bom e o grupo, eu senti, gostou bastante disso. Espero que a gente possa levar isso para os jogos.
Ele é mais aberto do que era Bauza?
Pelo lado da comunicação, muito melhor. Cada treinador tem seu modo de trabalho e de ser e o Bauza era mais fechado e a gente respeitava. A gente tinha uma abertura de se expressar, mas o Ricardo é mais. Disse que não gosta de falar, mas até agora conversou com vários jogadores e isso é muito bom. Expor o que você acha é importante. Antes, como alguns não falavam espanhol, complicava ainda mais o fato do Bauza ser fechado.
Tem preferência por esquema tático?
Não joguei com Jardine, mas fiz alguns treinos e vi que, assim como o Ricardo, põe ritmo de jogo no treinamento. Não fiz a função do Thiago Mendes, que gostou de atuar naquela posição, e nem posso falar onde vou jogar (risos). Com Osorio fiz essa função do Thiago e gostei também, só lateral que todo mundo sabe que posso ajudar, mas não é minha preferência. Ainda mais que temos três opções. Posso atuar em várias funções e essa concorrência me faz trabalhar mais e me cobrar mais. Ter o risco de perder posição é sempre benéfico e um treinador que varie a tática também.
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