Após cerca de um mês de negociação, São Paulo e Nacional (PAR) colocaram fim nas negociações pelo atacante Cristian Colmán, de 22 anos. O jogador deve se transferir para o Dallas (EUA). No fim das contas, as duas partes deixaram as tratativas incomodadas. Enquanto o Tricolor se irritou com a enrolação dos paraguaios, o outro lado citou uma terceira pessoa como motivo de insatisfação.
Em e-mail direcionado a Alexandre Pássaro, advogado do São Paulo que tem cuidado das negociações, e assinado pelo presidente Guido Ciotti, a diretoria do Nacional acusa "terceiras pessoas" de terem agido de forma inconveniente durante as conversas. Não há citação de nomes. Quem estava autorizado a representar o clube brasileiro no Paraguai era o empresário Régis Marques. O LANCE! tentou entrar em contato com ele depois que a negociação foi dada por encerrada, mas não obteve sucesso.
Desde o início, a diretoria do São Paulo ficou incomodada com a postura do Nacional. O acordo chegou a ficar encaminhado mais de uma vez, mas os paraguaios sempre recuaram. A cúpula do Tricolor considerou que estavam fazendo leilão, aguardando outras ofertas. E foi o que acabou acontecendo. Enquanto a oferta do São Paulo foi de 1,1 milhão de dólares (cerca de R$ 3,5 milhões), a do Dallas (EUA) foi superior, o que acabou sacramentando a negociação, apesar da vontade de Colmán em jogar no Brasil.
O modo como o São Paulo conduziu as conversas com o jogador também desagradou a integrantes da diretoria do Nacional. Na semana passada, o Tricolor recebeu um parente de Colmán e seu representante no CT da Barra Funda. Eles conheceram as instalações e saíram encantados. A partir daí, o centroavante passou a pressionar mais seu clube para liberá-lo.
Sem Colmán, o São Paulo ainda tem uma esperança de contar com Calleri. O argentino tenta se desligar do West Ham (ING) e convencer seus investidores de que o melhor neste momento é voltar ao Tricolor, onde chegaria para ser titular e nos braços da torcida. Uma reunião na próxima segunda-feira pode definir o assunto.