‘Se não voltar, vou dar bronca’, brinca Bosco sobre Ceni jogar na linha

Reserva de Rogério Ceni entre 2005 e 2011, ex-goleiro sabe que entrará na meta na noite desta sexta-feira para o Mito atuar na linha no Morumbi. Mas tudo tem um preço...

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Embora tente fazer mistério, Rogério Ceni aproveitará o último jogo de sua vida no Morumbi para desfrutar um pouco como jogador de linha. Com isso, o time dos campeões mundiais de 2005 terá Bosco como goleiro na partida festiva desta noite, na casa do São Paulo.

Reserva de Ceni entre 2005 e 2011, Bosco não esconde a empolgação com o retorno ao Morumbi. Lá, poderá atuar com os amigos com quem festejou o ápice de sua carreira no Mundial de Clubes no Japão, mas já faz um aviso:

– Com certeza ele não terá moleza (na linha). Se ele não voltar, vou dar bronca, sim (risos)! Brincadeira à parte, a festa é dele e ele pode fazer o que quiser – brincou o cearense, que chegou na última quinta-feira dos Estados Unidos para o jogo de despedida, ao LANCE!.

Pernambucano da cidade de Escada, Bosco substituiu o maior ídolo são-paulino por 67 vezes. Hoje, aos 41 anos, um a menos do que o ex-colega de profissão, ele dará um tempo na vida de empresário para reviver as melhores lembranças da vida.

– A expectativa é grande de voltar ao Morumbi, um palco de grandes lembranças, com um momento bom de despedida, apesar de ficar triste por acabar a era de um grande goleiro, de um grande personagem do futebol brasileiro e mundial como o Rogério Ceni se tornou – destacou.

A noite de hoje também fará com que Bosco refresque memórias ainda mais antigas, de duas décadas atrás. São-paulino de coração, o ex-goleiro perdeu o controle com o gol da vitória de Müller contra o Milan (ITA) na final do Mundial de 1993, em lance ocasional com o zagueiro Costacurta.


– Essa galera de 1992 e 1993 fez minha vida como torcedor! Eu ficava de madrugada vendo os jogos do Mundial e vai ser muita emoção muito grande vê-los. Lembro bem que dei uma cambalhota com o gol do Müller e me ralei todo no asfalto da minha rua! – gargalhou.

Confira bate-papo com Bosco

Como recebeu a notícia da morte de Juvenal Juvêncio?

Fiquei sabendo ontem (anteontem) pela manhã e o sentimento foi de muita tristeza, uma sensação muito ruim. Ele fez parte das nossas vidas por seis anos e sempre foi especial. Foi uma grande pessoa! Todos os que passaram por ele estão tristes, aposto, porque foi um grande dirigente e uma grande pessoa.

Por que tanto carinho?
De diretor a presidente, como foi por três mandatos, ele sempre foi fantástico. Os títulos provam a capacidade e o gabarito que ele tinha. Nos deixava à vontade, era visionário e lutou muito para construir tudo o que construiu.

Como está a vida nos Estados Unidos?

Desde que saí do São Paulo, a primeira vez que voltei ao Brasil foi em julho deste ano, em minhas férias. Consegui toda a documentação para ter meu green card e normalizei tudo para viver lá com minha família. Seguirei com a fábrica de cosméticos e com a transportadora, mas pretendo agora investir em futebol. Estou trabalhando com um empresário amigo meu, Luciano Couto, para cuidar de atletas nos Estados Unidos e quem sabe até começar o trabalho com algum clube. Não tem jeito, futebol é com o que realmente sei trabalhar.

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