OPINIÃO: Eliminação do São Paulo na Sul-Americana não pode servir de palco para o oportunismo
Resultado é frustrante, mas não apaga os méritos do trabalho até este momento da temporada
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A eliminação do São Paulo na Sul-Americana, diante da LDU (EQU) nos pênaltis, após vencer a partida por 1 a 0 no tempo normal, foi um balde de água fria no torcedor que esperava ver o time em mais uma final continental na sua história. Mais do que frustrante, a queda pode até ser chamada de precoce, haja visto que o Tricolor era um dos melhores times da competição, tanto individual quanto coletivamente.
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Até o momento atual da temporada, com exceção da má fase que o São Paulo vive no Brasileirão, em que acumula cinco jogos sem vencer além de atuações displicentes, o torcedor tem mais motivos para se orgulhar do seu time do que o contrário.
Para início de conversa, o São Paulo tem uma decisão importantíssima nos dias 17 e 24 de setembro, diante do Flamengo, valendo a taça da Copa do Brasil. Há 23 anos o São Paulo não disputava uma final desta competição, o que por si só já deveria ser motivo de exaltação.
Para completar a importância da partida, que deve ser uma das decisões mais importantes da história do clube, esta é a oportunidade de conquistar uma taça que o São Paulo ainda não tem em sua rica galeria de troféus.
Dentro de campo, por mais que o momento da equipe seja de instabilidade, o time também apresenta motivos para acreditar em um fim de temporada melhor do que sugere a noite da última quinta-feira (31). A começar pelos badalados reforços, Lucas e James Rodríguez. O primeiro já se tornou titular da equipe e tem feito a diferença a favor do Tricolor; o segundo, ainda buscando a melhor forma, foi o 'vilão' (entre aspas, caro torcedor) da disputa de pênaltis contra a LDU, mas também tem contribuído com o time a cada jogo que participa.
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Coletivamente, o técnico Dorival Júnior já mostrou que consegue ajustar a equipe em curto período de tempo, o que dá esperança de uma retomada no bom desempenho dentro do Brasileirão. No próprio jogo diante da LDU, o técnico fez boas alterações, corajosas, buscando explorar os pontos fracos do adversário, como as entrelinhas (espaço entre meio-campo e defesa) e as laterais do campo.
Foi a partir destas mudanças que o Tricolor pressionou os equatorianos até abrir o placar do jogo. Assim, também acaba não sendo exagero afirmar, mais uma vez, que o elenco tricolor tem boas opções no banco para mudar os jogos nos momentos de dificuldade.
Enfim, o São Paulo não é 'terra arrasada'. E se alguém duvida disso, basta olhar um dos rivais que, mesmo classificado para as semifinais da própria Sul-Americana, não consegue dar qualquer motivo para que seu torcedor acredite na conquista continental.
É claro que críticas fazem parte do processo. Mais do que válidas, são elas que garantem que um clube da grandeza do São Paulo não se acomode e permaneça sempre no topo do futebol brasileiro. Ao mesmo tempo, no entanto, qualquer crítica que tenha o sentido de apagar o bom trabalho feito até aqui por técnico e elenco beira o oportunismo. Isso é o que o São Paulo menos precisa após a queda na Sul-Americana.
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