Pablo estreia camisa 9 e faz gol em seu retorno, mas sai machucado
Atacante aparentava dores no joelho, mas o problema é no tendão. Ele passou os últimos 105 dias sem jogar devido a um cisto na região lombar
Pablo foi um dos principais personagens do Choque-Rei deste sábado, que terminou com empate por 1 a 1 no Morumbi. O atacante voltou a jogar após exatos 105 dias, estreou a nova numeração de sua camisa e marcou o gol tricolor. Mas nem tudo foi alegria: ele machucou a perna direita no fim do primeiro tempo e foi substituído no intervalo.
Inicialmente, o problema parecia ser no joelho direito, mas o atleta relatou aos médicos depois da partida que está com dores na parte de trás da perna, no tendão. O clube vai aguardar a evolução da dor para decidir se será preciso fazer exame de imagem.
Pablo caiu sobre a perna direita após disputa pelo alto com Thiago Santos e passou os minutos finais do primeiro tempo sem conseguir correr, embora tenha insistido em continuar na partida até o intervalo, fazendo sinais para Cuca não substituí-lo. Na descida para o vestiário, disse que esperava retornar, mas precisou dar lugar ao estreante Raniel.
Pablo estava sem jogar justamente devido a uma lesão. Ele não entrava em campo desde o empate sem gols no jogo de ida da semifinal do Paulistão, também contra o Palmeiras, no dia 30 de março. Saiu daquela partida queixando-se de dores na panturrilha direita, fruto de uma pancada, e nas costas. Dias depois, os médicos do São Paulo constataram um cisto na lombar do atacante, que passou por cirurgia em 18 de abril.
A meta do jogador sempre foi voltar a jogar neste sábado, no primeiro compromisso do Tricolor após a pausa para a Copa América. Neste período, aliás, ele não descansou como os companheiros e seguiu sua rotina de tratamento e fisioterapia no CT da Barra Funda. Mesmo sem jogar, manteve-se como artilheiro do elenco na temporada, com quatro gols (agora são cinco), e foi presenteado com a camisa 9, vaga desde a saída de Diego Souza - antes usava a 12.
Enquanto esteve em campo, Pablo foi o centroavante que Cuca tanto pediu nos últimos meses: movimentou-se de maneira inteligente, abrindo espaço entre os zagueiros palmeirenses, fez o pivô, disputou bolas pelo alto e, claro, marcou um gol de artilheiro. Ele soube tomar a frente de Antônio Carlos para aproveitar o cruzamento rasteiro de Hernanes e deslocar Weverton com um tapa de pé direito logo no início da partida.
Por coincidência ou não, o São Paulo não foi mesmo sem o seu camisa 9. Raniel até começou bem, exigindo grande defesa de Weverton após tabelar com Tchê Tchê em sua primeira jogada, mas depois participou muito pouco. O Palmeiras se lançou à frente, asfixiando a saída de bola dos donos da casa e crescendo pouco a pouco. O Tricolor não conseguiu retomar o ímpeto da etapa inicial e foi castigado com o gol sem querer (mas merecido) de Dudu.
Sem Pablo, Raniel é a primeira opção para atuar como referência, algo que Alexandre Pato e Toró também podem fazer. Os dois foram utilizados por ali nas partidas que antecederam a pausa do Brasileirão. Pato, inclusive, marcou três gols e foi quem mais ameaçou a artilharia de Pablo - Hernanes tem três gols em partidas oficiais e mais uma na Florida Cup.