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Pato crava que retornará à Seleção e diz: ‘Voltar para casa não tem preço’

Apresentado no CT da Barra Funda, atacante mostra incômodo com perguntas sobre a negociação com o Palmeiras e reforça: 'Sempre vai valer a minha decisão'

Alexandre Pato
Alexandre Pato recebeu uma camisa sem numeração de Leco e Raí (Foto: Fellipe Lucena/Lancepress!)

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Alexandre Pato estava feliz e tranquilo ao ser apresentado pelo São Paulo na tarde desta sexta-feira, mas suas declarações passaram longe daquele discurso padrão que o caracterizou no início da carreira. O atacante de 29 anos cravou que voltará à Seleção Brasileira e reforçou por diversas vezes que sua preferência sempre foi o Tricolor, chegando a se incomodar com perguntas sobre a negociação com o Palmeiras.

- Voltar para casa não tem preço - disse Pato, assim que recebeu uma camisa ainda sem numeração das mãos do presidente Leco e do diretor Raí, enquanto a namorada Rebeca Abravanel e os pais, Rozeli e Geraldo, sorriam na sala de imprensa do Tricolor

A primeira pergunta da coletiva foi sobre a negociação com o Palmeiras, que terminou a terça-feira acreditando até que poderia anunciá-lo no dia seguinte e viu o São Paulo acertar com ele. 

- Eu achei que a primeira pergunta ia ser se eu estava feliz. Se vocês não perguntam, vou me autoperguntar: estou muito feliz de voltar para casa, voltar a ficar perto das pessoas que eu amo, de representar um clube tão grandioso. A minha escolha pelo São Paulo foi por amor. Eles me receberam de braços abertos, me abraçaram tão forte (na primeira passagem) que me marcou. A minha escolha pelo São Paulo foi pelo legado que eu tive, pelo carinho dos torcedores. É um amor que não tenho como explicar. É a escolha mais certa que fiz na minha vida. Estou muito feliz de voltar - disse ele, que disputou 101 jogos e fez 38 gols pelo São Paulo entre 2014 e 2015.

- Cara, vocês continuam com a história desse clube, daquele clube, mas estou muito feliz aqui, a minha escolha foi a melhor. Sempre será a minha decisão, e minha decisão foi jogar no São Paulo. Não vejo outro lugar melhor para jogar.

Fora da Seleção Brasileira em toda a era Tite, o goleador disse que tinha esperanças de ser convocado mesmo jogando no Tianjin Tianhai, da China, e que agora tem ainda mais.

- É óbvio que sempre pensei em Seleção. O pessoal da China estava indo. Diego Tardelli, Renato, Gil, Paulinho... Eu ficava na expectativa, porque estava fazendo jogos bons, fazendo gols. Não é agora que vou desistir disso. Vou treinar amanhã, vou treinar domingo para estar em forma o mais rápido possível. Pena que não vou conseguir jogar o Paulistão. Mas eu vou chegar lá, eu vou chegar à Seleção, vou trabalhar para chegar lá, tenho certeza que vou conseguir.

Pato passou por exames médicos na manhã desta sexta e treinará no fim de semana. Ele prometeu ir ao Morumbi para assistir ao jogo e ida contra o Palmeiras, às 18h deste sábado, pela semifinal do Paulistão. O jogador não pode mais ser inscrito na competição.


Veja outras declarações de Pato:


Conversou com Felipão?
Todos ficaram sabendo. Conversei, sim, com Felipão, como conversei com Sampaoli, Cuca, outros treinadores da Europa, da China. Cannavaro me liga até agora, me ligou para dar parabéns. Quando você está sem clube, as pessoas se apresentam, mas a palavra final foi minha. Escolhi o São Paulo e foi a escolha certa.

Conversa com Cuca
Eu fiquei muito feliz. Lembro que o (gerente Alexandre) Pássaro falou: o professor vai te ligar. Em cinco minutos, o professor me ligou. A conexão não estava muito boa, acabei retornando para ele e conversamos sobre tudo. A ligação pesou muito na minha escolha. Fomos sinceros um com o outro. Ele pode contar comigo. Espero que a gente possa ganhar uma Libertadores juntos.

A carreira

Os números estão aí. Acho que a única passagem que eu tive que foi curta foi no Chelsea, onde fiz dois jogos e um gol. Sempre fui muito trabalhador, você pode perguntar nos clubes. Infelizmente tive um período no Milan que não foi o melhor, mas sempre trabalhei para fazer meu melhor. Agora volto para casa, venho para ser campeão, ficar marcado na história.

Arrependimentos

O único arrependimento que eu tenho é que fiquei muito longe da minha família. Saí de casa com 11 anos. Minha mãe está aqui, tenho certeza que ela vai chorar. Ela me entregou para o meu pai na frente do ônibus e falou: "aqui é sua casa, é onde você mora, o dia que você quiser você volta". O meu arrependimento foi não ter levado minha família onde fui.

Estreia
Se eu pudesse já iria para o jogo amanhã. Acabei de almoçar com o pessoal... Uau! Eu queria estar muito nesse jogo, mas vou estar no estádio, perto deles, e vou torcer na arquibancada.

Caminho para ser ídolo
Eu acho que para entrar na história do clube você precisa ser campeão. Vou conversar com Lugano, com Raí, pedir umas colas para eles (risos). Eu vim para ficar eternizado, para participar dessa reconstrução do São Paulo. Tem muitos jogadores novos, crescendo. Tenho total certeza que o São Paulo vai ser campeão. Vai ser campeão no momento justo, que o torcedor merece.

Posicionamento

Se eu jogo de 9 ou 11, vai depender do treinador. Já joguei nas duas, o Cuca vai decidir.

Número da camisa

Nós iremos conversar com a diretoria, vou ver com minha família. O momento agora não é de escolher número, mas de trabalhar.

Fase do São Paulo

Quando acontecem muitas mudanças de treinador e até mesmo de jogadores, existem altos e baixos. Estava conversando com o pessoal, e todos sabem da força que tem o São Paulo. Quando as derrotas vêm, você perde moral, confiança. Quando vem a sequência de vitórias, isso volta. Nesse momento o São Paulo está recuperando a confiança. Em todos os momentos que eu não puder jogar eu quero estar perto.

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