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Patón defende Michel, explica o time e aponta defeito do São Paulo

Bauza reforça discurso de confiança no camisa 7, que está insatisfeito com a perseguição de parte da torcida, e pede mais 15 dias para corrigir falta de eficiência no ataque

HOME - São Paulo x Novorizontino - Campeonato Paulista - Michel Bastos (Foto: Alan Morici/LANCE!Press)
imagem cameraMichel Bastos tem recebido consultas até de rivais para deixar o São Paulo (Foto: Alan Morici/LANCE!Press)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/04/2016
14:32

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O discurso da comissão técnica do São Paulo, a princípio, está alinhado com o da diretoria para analisar a situação de Michel Bastos. Depois do diretor de futebol Luiz Cunha, nesta sexta-feira foi a vez do técnico Edgardo Bauza defender o meia, que tem sofrido perseguição de parte da torcida do Tricolor e pode até deixar o clube caso o cenário não melhore.

- Tenho conversado com o Michel e tenho escutado as críticas de parte da torcida, mas isso não mudará minha opinião de que ele é importante para a equipe. Vai ser titular porque é o melhor para esta posição. Michel tem 32 anos e experiência suficiente para superar isto. Vai seguir jogando porque é o melhor para esta posição - avisou o comandante argentino.

Com Michel mantido entre os titulares, Bauza repetirá a formação ofensiva do empate em 1 a 1 com o Linense, que tinha ainda Paulo Henrique Ganso, Daniel e Calleri. Além de repetir a escalação, Patón também colocará em prática novamente a inversão dos pontas. No início do ano, o treinador utilizava canhotos na esquerda e destros na direita, tática invertida há alguns jogos.

- Antes também chegávamos pelo meio antes, não só pelas laterais. Foi assim que o Ganso fez os gols, por exemplo. Isso depende do rival. Se se fecham totalmente, entramos pelo lado. Se estão espalhados, vamos pelo meio. O que temos que fazer é aproveitar as características de alguns atletas, ter a exigência dos laterais passar ao ataque. Isso é o que cobramos - explicou.

O otimismo segue evidente em Bauza, que vê o São Paulo em evolução mesmo com apenas uma vitória nos últimos oito jogos. Patón crê que os problemas defensivos já estão praticamente resolvidos, mas admite que há uma falha ainda longe de ser corrigida: a falta de gols da equipe. Até aqui, foram apenas 20 tentos anotados, em 19 partidas na temporada.

- A equipe está em formação. O que melhoramos em relação às primeiras semanas é a recomposição defensiva, isso é notável. O que falta ainda é o mais difícil do futebol: os 30 metros finais. Falta trabalhar mais para decidir as partidas. Controlamos os jogos, mas sem criar a quantidade de situações necessárias para ganhar. Estamos em um processo, mas não sei quanto tempo levará para melhorar. Talvez 15 dias -  projetou.

Daniel - São Paulo
Daniel seguirá na ponta esquerda (Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Bauza nesta sexta-feira:

A melhora esperada pode ficar para o segundo semestre?

Vamos tentar ir o mais longe possível nos campeonatos, tentar ser campeão e chegar em julho para receber quatro ou cinco jogadores. Peço um pouco de paciência à torcida. Compreendo a ansiedade de ver a equipe no topo, mas não dá para mudar de um dia para o outro.

O São Paulo não venceu clássicos. O time está muito abaixo dos rivais?
Concordo quando dizem que não ganhamos clássicos e isso é ruim, mas acredito que nenhum dos rivais nos superou tecnicamente. Foram partidas parelhas e não ganhamos por motivos pontuais. Claro que me preocupa, mas estou seguro que vamos chegar à final do Paulistão e reencontrá-los.

Falta confiança para o time engrenar?
Não tem nenhum problema de confiança e sabem perfeitamente como devem jogar. Eles sabem o que fazer no campo. Obviamente que não conseguir resultados nos deixa amargados, mas jogando da maneira como foi contra Santos, Linense, vamos começar a ganhar. A equipe vem evoluindo, mas sou crítico. Não gostei no começo, mas agora vejo evolução, passos adiante.

Os jogos contra Oeste e Trujillanos (VEN) são os mais decisivos do ano?
Temos obrigação de ganhar todos os jogos, estamos acostumados a essa pressão. Necessitamos de um triunfo para sustentar os ânimos do plantel. Uma vitória ajudará para deixar os jogadores se sentindo melhor. Depois disso, teremos a exigência normal de um time grande dentro de sua casa. Serão duas partidas diferentes, mas daremos o melhor em ambas.

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