Planejamento do São Paulo começa a falhar e receber questionamentos
Diretoria prometia reformulação geral após perder por 6 a 1 do Corinthians no ano passado, mas mexeu pouco no elenco e pregou otimismo. Agora, futuro é preocupante
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Cerca de cem dias de trabalho depois, o planejamento do São Paulo para a temporada de 2016 não só ainda não deu resultados, como preocupa. Apesar da confiança da diretoria no trabalho do técnico Edgardo Bauza, o início do ano é marcado por problemas das mais variadas origens.
Quando foi eleito presidente em outubro do ano passado para substituir Carlos Miguel Aidar, que renunciara ao cargo, Carlos Augusto de Barros e Silva tinha o otimismo no rosto e previa harmonia nos meses seguintes. Não aconteceu.
O São Paulo voltou ontem da Venezuela tendo praticamente a obrigação de fazer 100% de aproveitamento no returno da fase de grupos para não ser eliminado da Libertadores. O empate por 1 a 1 contra o modesto Trujillanos voltou a externar a dificuldade que o Tricolor tem para apresentar um futebol consistente.
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É de se pesar o pouco tempo de trabalho do argentino Bauza à frente do clube, mas os resultados estão bem abaixo do esperado, fruto de vexames em casa, como nas derrotas para o The Strongest (BOL) e São Bernardo. Para se ter uma ideia, os bolivianos não venciam um jogo como visitante na Libertadores desde 1982. O São Paulo de Leco conseguiu essa proeza, mesmo tendo mantido a base do time do ano passado.
Aliás, isso pode ser uma das razões do problema. Após a derrota de 6 a 1 para o Corinthians, no fim do Campeonato Brasileiro do ano passado, Leco acenou com a necessidade de uma reformulação. Ela não foi feita. Foram seis reforços contratados e um deles, Kieza, já saiu. Um fracasso quase sem precedentes na história do clube: ele jogou dois jogos.
- Temos que levar algumas coisas em consideração, o São Paulo teve um ano terrível em 2015. Nesse ano terrível, comecei com Muricy, apostei em Milton Cruz e (Juan Carlos) Osorio e depois em Milton Cruz e ainda teve Doriva. Bauza está fazendo um bom trabalho, acreditamos na classificação, mas sabemos que temos que ganhar três partidas. Valera (palco do jogo contra o Trujillanos) foi um drama que não esperávamos - tentou explicar o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro.
Na análise da diretoria, ainda há jogadores insatisfeitos e por isso foram feitas cobranças nos últimos dias. Houve reação contra o River Plate (ARG), no empate por 1 a 1, em Buenos Aires, mas a equipe voltou a cair depois, com derrota para o Palmeiras e empate na Venezuela.
A gangorra de resultado e comportamento é um problema antigo do São Paulo e faz com que os atletas repitam o coro de que é preciso dar um algo mais. Parece batido.
Enquanto isso, o técnico Bauza espera ao menos chegar até o meio do ano para que receba três reforços que ele pretende indicar. Até lá, é preciso força para arrumar a casa, que anda pra lá de bagunçada.
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